Leigos enchem Praça de S. Pedro com manifestação de apoio ao Papa
A Praça de São Pedro, no Vaticano, esgotou hoje de manhã para uma manifestação sem precedentes de apoio ao Papa. Milhares de pessoas, de vários movimentos católicos, encheram o recinto para mostrar que estão ao lado de Bento XVI nesta altura difícil de ataque à Igreja. RR
Depois da oração habitual de domingo, o Sumo Pontífice agradeceu o apoio e recordou a sua recente visita a Portugal.
Papa agradece apoio de multidão de leigos
“Caros amigos, quiseram hoje mostrar o grande afecto a profunda proximidade que a Igreja e o povo italiano têm ao Papa e aos vossos sacerdotes. (…) É belo ver hoje esta multidão na Praça de São Pedro, tal como foi emocionante para mim ver em Fátima a imensa multidão que na escola de Maria rezou pela conversão dos corações”, afirmou.
“Obrigado!”.
Papa recorda visita a Portugal como uma "peregrinação intensa"
Bento XVI classificou ainda a viagem a Portugal de “intensa peregrinação”.
Obs: É curioso notar como as circunstâncias colocaram a Igreja do mesmo lado do Estado, ou seja, contra a globalização predatória que faz carreira e tem esmagado os interesses das pessoas, dos sindicatos e de largos sectores da sociedade mais desprotegidos. A esta luz, a igreja e o papa são de esquerda e o corolário disso seria devolver ao Estado o poder de regular o mercado em favor das pessoas, das empresas, do tecido conjuntivo da sociedade. Até a esfera da acção económica tem, inevitavelmente, consequências morais, cabendo à política a tarefa de a distribuir. Daí que a mensagem do Papa Bento XVI - ao apelar à justiça entre os homens e ao bem comum, veio refrear o ímpeto dos mercados e conferir um maior peso "moral" aos Estados - que carecem não apenas de leis justas, melhores contratos, mas, essencialmente, de uma economia globalizada de rosto humano. Sucede que a igreja não é de esquerda nem de direita, embora o peso das circunstâncias políticas globais acaba por ditar o discurso do Papa, e isso aproxima naturalmente a igreja da esquerda política, mormente por razões económicas e morais, ainda que na Europa a contestação a essa ideologia e práxis política já tenha começado.
Etiquetas: esquerda, Globalização económica e financeira, Igreja
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