Aguiar-Branco no seu melhor... Revolução na revolução em Dia de Abril
Aguiar-Branco queria fazer a diferença, e como hoje a banalidade dos discursos é tanta resolveu improvisar e fazer espectáculo. Para o efeito, foi buscar as referências da esquerda radical para sustentar o seu discurso: Lenin, Rosa Luxemburgo, poderia também ter citado Carlinhos Marx, Bakunine e conexos para fazer a revolução do proletariado do "povo livre" a partir do quartel-geral da Lapa. O PSD ideológico, em rigor, sempre foi uma espécie de "albergue espanhol", abre as pernas e enfia tudo lá para dentro, como em tempos disse o sociólogo e ex-governante António Barreto. Hoje confirmo a deriva pelas palavras do principal derrotado interno do PSD. Paulo Rangel jamais se prestaria a este frete-espectáculo errático. Já agora, alguém viu Rangel?! Enquanto o barão do Norte falava, todos se riam: o PM e o Governo talvez por julgar haver algum equívoco no emissor e na mensagem; o PCP furioso por lhe estarem a roubar os pensadores e as bandeiras; e o BE por razões similares, com o acne político da existência e na disputa das bandeiras ao PCP, ainda que mais urbano, jovem e criativo. E Pedro passos Coelho - que pensaria ele com aquela manta de retalhos que só confirma a ideia de que os partidos são hoje verdadeiras máquinas de poder que tuda fazem e dizem para capturar o poder, nem que, para isso, façam Banda Desenhada ideológica travestida de discurso oficial em Dia de Liberdade... Todas aquelas citações foram históricamente desencontradas, o que revela a ignorância histórica de Aguiar Branco, dificultando, doravante, a liderança a PPCoelho e não prestigia o espaço do centro direita em Portugal. Assim, nem Cavaco deseja o apoio do PSD para as presidenciais de 2011, que agora se travestiu do pior do PCP e do BE. Mas uma coisa é certa: Branco fez espectáculo, meteu a AR a rir, mas nem Ferreira leite faria pior, e isso deixou o CDS de Portas a rir, porque teve a ciência de não ceder ao ridículo ideológico de Aguiar e de ser credível aos olhos dos portugueses. É o que dá Passos Coelho ter confiado este número de circo ao seu ex-rival. Deve ter sido o prémio que lhe deu para o manter no barco. Deixando Cavaco numa situação altamente desconfortável. Veremos se desta vez o douto Marcelo de Sousa, senador instalado da república e depois de ter perdido todas as eleições que havia para perder, vem dizer à turba que gosta muito de Aguiar-Branco por causa do seu "bom senso" e da sua serenidade... Se calhar também é por causa de números destes que os cidadãos eleitores portugueses estão cada vez afastados da vida pública, um facto corroborado pelas elevadas taxas de abstenção para que, agora, o Sr. Branco (e com ele todo o psd de PPCoelho) tão ridicula e lamentavelmente contribuiram. Por momentos cheguei a pensar que Aguiar Branco estava no Circo Chen alí em Sete Rios a domar leões com varas de bambú "confeccionadas" pela sua antiga tutora, Manuela Ferreira leite.
Etiquetas: Aguiar-Branco, número de circo político
<< Home