Rangel distancia-se das candidaturas de «continuidade»
tsf
Confrontado com o apelo do presidente do Instituto Francisco Sá Carneiro para que Paulo Rangel e Aguiar-Branco se unam numa única candidatura à liderança do PSD, o eurodeputado começou por afirmar-se «lisonjeado», considerando que este apelo é sinal de que Alexandre Relvas reconhece méritos na sua candidatura.
«Vejo mais diferenças entre a minha candidatura em relação às outras duas do que diferenças entre as outras», afirmou, referindo-se aos projectos de José Pedro Aguiar-Branco e Pedro Passos Coelho.
«A minha candidatura é de clarificação e de ruptura» enquanto «as outras estão numa continuidade», distanciou-se Paulo Rangel.
Para o eurodeputado, «é evidente neste momento que o PSD precisa de ruptura e clarificação».
Obs: Mais do que esperto Rangel está a fazer uma ruptura inteligente com a tralha ferreirista e, por outro lado, a demarcar-se do voluntarismo de Passos Coelho. No estado lastimável em que Ferreira leite deixou o psd - em cacos, sem coesão, sem projecto e orientação para o futuro nem identidade - Rangel sabe que só terá o congresso na mão se romper com aqueles dois passados: o de Ferreira leite, do qual foi cúmplice, e com a juventude experimentalista do ex-jotinha Pedro Passos coelho. Falar grosso e assertivamente será o tom de Rangel, só é pena é que descambe quando se trata de, abroad, utilizar o seu lugar de eurodeputado para vulnerabilizar a posição do seu país a ataques especulativos quando poderia - e deveria - farpear as declarações incorrectas e incompetentes dum tal Almunia acerca da economia nacional. O problema de Rangel é que é capaz de algum rasgo para, logo de seguida, meter o pé na possa. E isso poderá ser-lhe fatal.
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