quarta-feira

Isaltino Morais representa um atentado à Democracia e ao Estado de direito em Portugal

Não vamos aqui cometer a indelicadeza de sugerir que é dentro deste panelão que se cozinhavam as comissões dos edifícios a construir, seja para os lados seja para cima no belo concelho de Oeiras. O que aqui procuramos sublinhar é saber como é que uma das populações mais ricas e letradas do país não consegue entender que Isaltino - por mais um minuto que fique à frente dos destinos da Câmara Municipal de Oeiras - representa o maior atentado à democracia e à liberdade de que há memória no pós-25 de Abril. É, de certo modo, o ereger em princípio válido uma praxis (alegadamente) mafiosa assente na fórmula brasileira - eu roubo mas faço.
Deixar Isaltino "à solta" neste regime pós-democrático seria incorrer no reconhecimento de que a democracia existente não presta, não se guia por regras de direito, não é liberal nem representativa. O efeito isaltino no sistema político nacional pode não gerar a tal tensão democrática indispensável ao contraditório, ao pluralismo e, naturalmente, à construção do Estado de direito que Islatino tem sabido comprometer ante a inércia duma justiça cega, laxista e incompetente.
No fundo, os reflexos de Isaltino no sistema político e na esfera da sociedade é o reconhecimento de que as tensões democráticas necessárias ao seu bom funcionamento se evaporaram. E isso compromete sériamente o futuro deste país bem como a esperança que alguns dos seus jovens nele depositam.
Os oeirenses já em 2005 sujaram o espelho de carvão, seria útil não cometer o mesmo erro 4 anos depois!!!