terça-feira

Cavaco fala ao país: onde é que está o crime?! pergunta ele...

A montanha pariu um rato numa tonelada da tautologias autojustificatórias dum PR em fim de ciclo que até pergunta: mas onde é que está o crime?
Pelos vistos, estava em Fernando Lima que falou demais, inventou factos para incriminar o governo e como não era Chefe da Casa Civil teve de ser demitido. De resto, alguém já alguma vez viu o referido Chefe da Casa Civil falar?! Quem será...
Afinal, Cavaco vive traumatizado, mas não é por causa das relações Belém - S. Bento na sequência no diferendo acerca do Estatuto dos Açores, mas por causa da alegada violabilidade do sistema informático da Presidência da República. E com isso alimentou uma polémica que dura há meses para ajudar a sua amiga Ferreira Leite a chegar a S. Bento. Cavaco, então, não teve interesse em estancar o assunto porque interessava politicamente a Leite. Saíu tudo trocado, a idosa sofreu uma derrota humilhante, Lima, capacho de Cavaco há mais de 20 anos, foi demitido e Cavaco perdeu a credibilidade e a confiança junto do seu tradicional eleitorado. Muito provavelmente, já não terá condições de fazer um 2º mandato, mesmo que queira.
Numa palavra, e após a publicação do mail no DN em que o jornalista do Público põe a nu as intenções manhosas de Fernando Lima, que falou a mando do PR, Cavaco perdeu em toda a linha. E a letra e o espírito do seu discurso de hoje é sintomático dessa má consciência.
Melhor fora que o PR fosse alí ao Colombo do engº Belmiro e comprasse um Portátil a sério para poder enviar e receber mails com fiabilidade à sua amiga Ferreira Leite. Assim, deixaria de denunciar o mau perder que sempre teve.
Portugal esperava mais deste PR que, na prática, tem tratado o país e os portugueses como se todos vivessemos no Portugal dos pequeninos.
Obs: Um aviso ao dr. Nunes liberato... Oxalá nunca fale, senão já sabe o que lhe sucede...
Quanto a Fernando Lima, nem uma só referência ao seu nome, eis a forma como Cavaco trata os seus colaboradores mais directos e mais antigos.
Arranje-se um anti-virús ao Sr. PR. que em vez de ser, como deve, um factor de estabilidade no País, acaba por ser fautor de mais instabilidade e intriga no sistema político. Cavaco, temo bem, já não terminará o seu mandato.
Esperemos que o seu ressentimento e vingança não se traduza em adiar a indigitação do PM que formará novo governo e decida designar outras forças para o fazer violando, assim, a legitimidade democrática traduzida nos votos em urna.
A falta de clareza propositada de Cavaco só pode originar estas nebulosas. Cavaco é, hoje, objectivamente, o principal elemento de conflitualidade do sistema político nacional.
Hoje, com excepção do PSD de Ferreira Leite, Cavaco tem todos os actores políticos e analistas contra si. Por isso, não admira que o PR possa ser destituído a qualquer momento.
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TSF: