segunda-feira

Cavaco e a montanha que parirá um ratinho com um apito ao pescoço

Juro pela minha honra dizer a verdade e só a verdade...
O PR Cavaco Silva montou uma cabala contra Sócrates alegadamente fundada numa questão de segurança, mas a estória foi mal urdida, Fernando Lima - que é um amador da espionagem da Junqueira, deixou rasto e foi despedido, como quem joga um isqueiro sem gáz para o lixo.
Lima, Ferreira Leite, Fernando Nogueira, há uns anos, todos eles assumem os traços de um vício comum nas mãos de Cavaco: para sobreviver politicamente o PR não hesita em os trucidar publicamente para se manter no poder. Amanhã parece que Sua Exª o PR irá tentar convencer os tugas de que na base da sua preocupação reside uma genuína questão de segurança, as famosas - e alegadas - escutas de S. Bento a Belém. E, claro, ninguém vai acreditar nas balelas de cavaco que apenas visava ajudar a sua amiga Ferreira Leite a subir a escadaria de S. Bento. Não conseguiu. Nem empurrada.
Se houvessem provas verdadeiramente incriminatórias relativamente ao gabinete de S. Bento teriama sido apresentadas, porque só assim Sócrates seria destituído do poder e Ferreira Leite mais fácilmente chegaria ao poder. Cavaco não fez nada disso, porque não tinha nem tem indícios, evidências, factos ou provas nesse sentido.
Por isso talvez fosse melhor o dito cavaco, que tem feito um mandato politicamente miserável, assumir a sua verdadinha de alcofa e contar uma estória à sua medida, que poderia começar e findar assim:
  • Cavaco ia a passar na cozinha do Palácio Rosa às 3 da madrugada para comer um pastelinho de bacalhau e beber um moscatel de Palmela, pisou a pata do gato que leva ao pescoço um sininho estridente. Este, na sequência da pisadela do pé chato do PR, deu um grito que se ouviu no Restelo, a Maria acordou, os assessores a dormir no Pátio dos Bichos vestiram as ceroulas espantados, o motorista pôs-de de alerta e até os pastelinhos de Belém deram à costa com uma oferta de solidariedade e uma travessa de bolos - que Cavaco come sempre de boca aberta, jogando perdigotos boca fora.
    Foi, afinal, o sininho que traíu Belém. O sininho parecia, afinal, o microfone que Cavaco confundiu com o badalo que o pescoço do gato transportava e cuja pata Cavaco pisou. E daqui nasceu a maior das confusões do mundo que quase ia metendo Leite em S. Bento e destruindo politicamente Sócrates. Ainda bem que o gato era dos bons, e a ilusão de Cavaco rebentou como uma bolha de sabão macaco, um pouco como a "qualidade" das argumentações frouxas a que o ainda PR já habituou os tugas.
    Amanhã veremos se esta estorieta valerá tanto ou mais do que a curiosidade etnográfica que Sua Exª o PR irá tentar vender aos portugueses, fazendo de todos nós parvos e alienados.
    Tenho para mim que o PR só já terminará o seu mandato segurado por Sócrates dum lado e amparado pelo SIS do outro...
    Amanhã regressaremos ao tema apara explicitar o sinónimo dum conceito emergente da Ciência Política que faz carreira entre nós: o parkinsonianismo político.
Imitação: Cavaco Silva toma posse

Cavaco Silva em bolo-rei

Boa noite. Eu sou Cavaco Silva e esta é a minha comunicação...