sexta-feira

ERC: Deliberação sobre 13 queixas de um total de 17

Imagem picada na rede.
Reprova jornal da TVI, in CM
AEntidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) “reprova a actuação da TVI por desrespeito de normas ético-legais”, de acordo com a deliberação divulgada ontem. Em causa estão 13 queixas contra o ‘Jornal Nacional de 6ª feira’, feitas entre 16 de Fevereiro a 30 de Março.
Esta semana deram entrada mais quatro reclamações ao mesmo noticiário, a propósito da troca de acusações entre a jornalista Manuela Moura Guedes e o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, que não foram ainda analisadas.
A deliberação da ERC “insta a TVI a cumprir de forma mais rigorosa o dever de rigor e isenção jornalísticos (...) e o dever de demarcar claramente os factos da opinião”. O regulador considera ainda “verificada a possibilidade de a TVI ter posto em causa o respeito pela presunção de inocência dos visados nas notícias”, que têm como “protagonistas o primeiro-ministro e outras pessoas ligadas ao Governo e ao PS”, como referem as queixas.
Arons de Carvalho, deputado do PS, é um dos queixosos. “O CM publicou três reclamações que considerei demasiado vagas. Por isso resolvi fazer uma sobre a carta rogatório no caso Freeport”, explicou ao nosso jornal. Quanto ao ‘Jornal Nacional de 6ª’, critica: “Toda a gente fala das audiências, mas esquecem-se de que a seguir dá o sorteio do Euromilhões.”
As quatro queixas recentes não constam da presente reprovação pública da ERC, mas dizem respeito ao episódio com o bastonário da Ordem dos Advogados. Marinho Pinto garantiu ao CM que nenhuma delas é sua: “Nunca fiz queixas contra jornalistas, apenas exerci o direito de resposta.” Quanto à deliberação do regulador, Marinho Pinto entende que “poderia haver sanções, como uma suspensão, multas... mas aplicadas pelos jornalistas, não por entidades estranhas [como a ERC], pois no caso põe em causa a independência dos jornalistas”.
Obs: Era o Chesterton, o genial romancista inglês, que ajudava a desmascarar as meras opiniões dos factos. E nuns casos, com cartazes luminosos anunciava-se que um homem caiu de um andaime; não se anunciava através dos mesmos cartazes luminosos que um homem não caiu de um andaime. Infelizmente, para a dona Guedes (que nunca deve ter ouvido falar em Chesterton) e a família moniz que colonizou a desinformação da estação de Queluz parece ser mais emocionante esta última variante de factóides, ou seja, proclama-se urbi et orbi que o tipo que não caiu do andaime é que é a notícia que importa veicular.
Há, portanto, uma inversão da lógica de produzir, tratar e divulgar a informação com o fito de punir o PM em funções, já que é dum ódio de estimação que se trata e, por extensão, gerar um clima de crispação na sociedade portuguesa que ajude a oposição em bloco a ganhar as eleições. Triste estação de tv é aquela que mascára a sua vocação matricial de divulgar informação isenta e rigorosa com o papel canalha de desinformação e de distorção dos factos.
Nesta conformidade, e até porque a dona Guedes já foi deputada (credo!!!), sugira-se à pivot de serviço que ora foi censurada pela ERC (e pela sociedade portuguesa), que concorra às eleições, em vez de fazer oposição através da xafarica donde debita banalidades que ela - e o marido - cunham de informação, apesar de todos sabermos que aquilo é a pior mestela desinformativa que jamais algum media serviu à sociedade. Mormente, o das 6feiras.
Mas não é já apenas a perseguição pessoal e política a Sócrates que já enoja, perdoe-se-me a expressão, mas o mau gosto, a lógica mercantilista da "notícia", a procura denodada pelo espectacular, pelo chocante, pelo emotivo e pelo conflituoso - relativamente às demais matérias. Tudo faz parte do jogo do casal moniz que vende desinformação como se de informação séria e rigorosa se tratasse.
De tudo resulta uma visão doente e doentia da forma de produzir informação, misturando factos com factóides, emoções com realidades, a árvore com a floresta. A tal ponto de as pessoas se perguntarem se a dona Guedes é a cantora (frustrada) que gostaria de ter sido, a sombra da deputada que foi ou se ambiciona, um dia, talvez na terra do nunca, vir a ser uma jornalista digna desse nome. Acho difícil..
Até lá a sua prestação só revela uma coisa: incompetência e manifesta incapacidade para o exercício da função.
Pina Mouira, que reune os piores defeitos dos comunistas com os piores defeitos dos capitalista ávaros, talvez tenha uma explicação mais elaborada para esta desgraça comunicacional em Portugal que, segundo consta, ainda leva a dita estação de tv à falência.
Deus escreve direitos por linhas tortas...
E o mais curioso é que já no tempo da RTP a dona Guedes causara má impressão quando entrevistava políticos. Não por serem políticos, mas porque a entrevistadora sempre foi uma má profissional.
Com o tempo, vieram a morte das células, e as coisas parece terem-se agravado.
  • PS: Miguel sousa Tavares que é um homem inteligente, culto e cosmopolita, além de rebelde e ter um lado justicialista da vida, pondo sempre o seu talento do lado dos mais fracos e desprotegidos da sociedade, tinha aqui uma oportunidade d´ouro para fazer uma distinção entre o que é jornalismo e borda d´água (sem ofensa ao pasquim que ainda vai acertando), mas o seu silêncio é ensurdecedor.
  • Nem quero acreditar que o Miguel se cala por causa da avença que recebe, ou apenas porque está rouco e perdeu a voz. Ou então, está no deserto a fazer um safari mitigado de expedição para encontrar água para regar os tomates, do deserto, claro está!!!