quarta-feira

António Costa no Dia D: sólido e produtivo

António Costa passou em revista alguns dos problemas que Lisboa enfrenta no Dia D, na Sic: pagar as dívidas da autarquia, reabilitar edifícios, proceder a arruamentos cujas condições de circulação se agravaram com as chuvas, devolver a zona ribeirinha aos Lisboetas, desembaraçar as obras há muito paralisadas na Baixa-Chiado e desbloquear dezenas de outros projectos igualmente importantes para a qualidade de vida na cidade. Licenciamentos, regulamentos e toda uma parafernália de burocracia que dantes emperrava e criava um caldo de cultura que convidava ao laxismo e à corrupção é, doravante, uma plataforma de eficiência e eficácia administrativa e maior igualdade no acesso dos munícipes aos bens, equipamentos e serviços da autarquia. Desde a habitação, ateliers, licenciamentos de obras - tudo ficou mais facilitado com o Simplis. Dito assim até parece propaganda, mas felizmente não é. Medida de que algo se alterou na CML, em que as palavras começaram a acompanhar os actos, as promessas encontraram realidade nos factos. No fundo, gerir uma cidade é compatibilizar contradições, harmonizar interesses contrapostos. Sendo que a qualidade de vida urbana compreende um conjunto de atributos, serviços de que as cidades dispõem ou produzem para facultar aos cidadãos, às organizações sociais e empresariais e às comunidades condições da realização pessoal, profissional e familiar para o exercício dos seus direitos de cidadania, mas também o ambiente para garantir o desenvolvimento das actividades produtivas e a coesão comunitária e territorial. E aqui aparecem o acesso à habitação; facilitação de serviços qualificados de educação e formação, saúde, cultura, lazer e desporto, bem como de serviços públicos e administrativos eficientes e amigáveis; condições de mobilidade, conjugando transportes, motorizados ou não, a mobilidade pedonal e a eliminação de barreiras para os deficientes; padrões urbanísticos, arquitectónicos e ambientais; segurança pública entre outras preocupações do governo da cidade. Tudo isto numa autarquia com uma dívida brutal, herdada do mandato anterior. E sem "ovos" António Costa e a sua equipa têm conseguido resolver e reformar muitos dos aspectos bloqueados na vida interna da autarquia, o que revela uma nova postura e um novo estilo de liderança autárquica em Portugal. Um líder credível para a capital com ressonâncias positivas para o futuro. Numa palavra: Lisboa está bem servida.