terça-feira

América, Barack Obama, o Mundo, Sting. God bless Europa & Amer...

Hoje é o grande dia: Obama toma posse e começa a contagem para demonstrar que é mais do que um lírico, é também um empreendedor na política, capaz de fazer a mudança na economia doméstica e injectar doses cavalares de confiança na economia internacional - hoje estagnada. Portanto, Obama deverá ter um Plano e ao executá-lo fazer com que o emprego norte-americano contagie o emprego europeu, os investimentos nos EUA entrem em sinergia com os investimentos na Europa e assim por diante.
Nova direcção não pode ser a mesma direcção, este é o tempo em que a Política deve comandar a Economia e as Finanças, e não como até aqui - em que a maldita economia dá cartas, as piores do baralho, por sinal. Obama tem, assim, múltiplos desafios pela frente, dadas as elevadas expectativas económicas, sociais, políticas, morais e até civilizacionais que sobre ele se abateram.
Entalado entre a política doméstica e a esfera das relações internacionais e a regulação do capitalismo global - tem de pôr a economia a crescer, a segurar o emprego e aumentar o consumo e a confiança nos mercados. De resto, é esse o desafio que hoje também se coloca a qualquer economia europeia - confrontada que está com a recessão.
Por outro lado, a crise financeira global (e do subprime, em particular) - denunciando a bolha especulativa no mercado imobiliário - acaba por ser a pedra de toque que também questiona a perda de posição hegemónica dos EUA na economia e na política mundial. A batalha política pela produtividade está prestes a começar, já se denunciaram os grandes escândalos financeiros, já ruiram alguns bancos, mas o Capitólio ainda se mantém.
Agora importa que os salários das pessoas sejam uma realidade, as fábricas continuem a produzir, as retribuições aos administradores de empresas que tornaram os EUA um País mais injusto e desigual cessem, e, de caminho que a Europa e Portugal (em concreto) ganhem algo com essa nova direcção política.
Mesmo que hoje se considere que a América já não é essencial ao mundo pela sua produção - ela é-o sempre pelo seu consumo, e isso pode fazer a diferença em a Europa sair do atoleiro em que está mergulhada ou permanecer nele. Apesar do cinismo que esta afirmação encerra.
Durante dois anos, Obama com ciência, sabedoria e muita inspiração andou a explicar ao mundo a sua inteligibilidade para melhor se ver a realidade que nos rodeia a todos (e não só à República Imperial - como lhe chamou Raymond Aron); agora é chegado o momento de fazer a pega de caras à realidade económica e farpeá-la: no défice, no desemprego, nas falências, no desinvestimento, enfim, na quebra geral de confiança que hoje tolhe o mundo.
Obama revelou-nos a teoria e o método de abordagem (global) aos problemas, doravante teremos de enfrentar a estrutura - que é o "esqueleto" dos fenómenos sociais que nos vão mostrar a complexidade em aquele método e teoria resolverem os problemas globais do actual "esqueleto" em que o mundo se encontra.
E como hoje "estamos todos a abanar", com a possibilidade de desemprego numa das mãos e as falências (nas empresas) na outra ao nível da economia europeia e mundial, escolhemos aqui esta bela música de Sting, Fragile - que também integrará o elenco das pérolas que irão osquestrar a tomada de posse do 1º Presidente negro da América.
Até dá vontade de dizer: God bless Europa & América
Sting FRAGILE