segunda-feira

Ferreira leite andou a ler Paul Feyerabend e virou "astróloga" oficial da república

O anjo da guarda de Ferreira Leite, Pacheco Pereira - deve ter-lhe oferecido um livro do filósofo Paul Feyerabend pelo Natal. Como a srª tem manifestas dificuldades em articular informação e conhecimento e dar-lhe alguma racionalidade - só pescou aquela parte em que o autor falava do anarquismo metodológico - que implica que em ciência "tudo o que vem à rede é peixe", daí a Manela confundir e baralhar e reclamar-se no papel de astróloga oficial da república.
Pois foi ela (mais Paulo Rangel) quem adivinharam todos os problemas por que Portugal (talvez a Europa e o mundo) estão hoje a passar. Ela sabia da nacionalização do BPN (mas nesse momento hibernou), sabia dos problemas de segurança e da onda de assaltos que vivemos no Verão de 2008 (mas a Manela estava hibernada, assim não era assaltada), também sabia dos problemas do BPP (mas como é amiga de Pinto Balsemão, não saíu da toca), ela até adivinhou quando era o Natal: em Dezembro. E ainda que Obama seria o 1º PR negro da América. E mais: que pretendia um cão de raça lusitano.
Agora, socorrendo-se da cábula de Pacheco que lhe dita os parágrafos que ela lê em jeito de homilia, chama "coveiro da pátria" a Sócrates. Podia ter-lhe chamado vaidoso, determinado, combativo, no limite, até arrogante. Ainda que "arrogante" seja Leite por ir à tv passear a sua ignorância e vacuidade frustrando milhares de telespectadores, não dominando nenhum tema em particular da governação, não dispondo de uma ideia de conjunto para o País.
Ouvir a srª Ferreira debitar banalidades sobre a república e comparar às conversas que o zé povinho tem nos transportes públicos, é exactamente o mesmo. Linguagem, nível de raciocínio, encadeamento, forma de se expressar, ausência de vocabulário... Enfim, um tesourinho deprimente.
Compreende-se que leite se sinta frustrada por levar uma "tampa" do PM, que recusou dançar com a senhora, e hoje não encontrar parceiro que lhe faça o gosto do debate.
Sobre essa desgraça intelectual imputar a terceiros características próprias é sempre um exercício arriscado. Mas "coveiro..." é como cuspir, fica mal a uma senhora...Pacheco bem poderia ter-lhe cortado aquele parágrafo.
Então não foi a srª Ferreira das finanças que saíu do Governo Durão com um défice entre os 6 e os 7%?!
Não foi a srª Ferreira quem meteu o garrote aos empresários asfixiando as PMEs (que hoje diz querer salvar) quando ainda não se falava de crise - e Durão ainda não tinha cometido a sua traição à pátria ao zarpar para Bruxelas!?
Leite, pelos vistos, previu tudo, até a queda do Muro de Berlim, só não previu as desgraças decorrentes da sua própria governação: primeiro na Educação (Governo Cavaco), depois nas Finanças (Governo Durão), e hoje na oposição onde destila toneladas de má fé política (ex: TGV) e ignorância sempre que abre a boca.
A sua impreparação já não é apenas política, ela é pré-política: é técnica e, essencialmente, cultural. Deve ter sido da "escola" que teve nas décadas de 80 e 90... A escola do bolo-rei!!!
Ela previu tudo excepto a péssima opinião que dela tem o seu próprio partido, as sondagens e a sociedade - que apenas a deixam cumprir calendário. Ainda que semanalmente, Passos Coelho e Luís Filipe Meneses - lhe façam vodú.
Infelizmente, Pacheco não consegue fazer melhor. Ofereceu-lhe o livro - e ela interpretou como pode o momento do anarquismo metodológico que descambou na astrologia oficial do regime.
Leite, em 2008, até previu aquilo que sua eminência, o cardeal D. José Policarpo iria dizer em 2009 acerca dos casamentos entre católicos e muçulmanos... Só não acertou no local (Figueira da Foz) nem no modo ("sarilhos").
Amanhã a srª Leite acorda e descobre que a desgraça maior é ela própria. Mas por enquanto já todos descobriram isso, menos ela.
Para um contributo mais sério e estruturado do filósofo na imagem, Paul Feyerabend ver o livro abaixo. Desde já pedimos desculpa à memória de Feyerabend por associar o seu nome ao maior traste político que a república gerou depois de Santana Lopes. Mas não deixa de ser uma pequena manifestação epistemológica da filosofia da vacuidade que hoje coloniza certa oposição em Portugal.
Diga-se de passagem que estão bem um para o outro, e ainda são primos (Santana e Leite).
PS:
Ver aqui um trabalho de Porfírio Silva que sistematiza e divulga o pensame
nto e obra deste filósofo tão pouco falado e estudado entre nós.