domingo

Obama pede nova 'constituição moral'

Imagem picada por nós na rede.
Barack Obama convidou os seus compatriotas a adoptarem uma "nova declaração de independência moral" para se libertarem do sectarismo, da estreiteza de espírito e da ideologia. O presidente americano eleito toma posse depois de amanhã.
Em tempos de crise económica profunda, Obama apelou ao seu país para se inspirar nos patriotas que proclamaram a independência dos Estados Unidos em 1776, em Filadélfia. "O que precisamos é a mesma perseverança e os mesmos ideais que os nossos pais fundadores", declarou num discurso antes de apanhar o comboio que tem como destino Washington, dando assim início às celebrações da sua tomada de posse como 44.º presidente dos Estados Unidos.
Obama preparou os americanos para aceitarem que haverá "falsas partidas e reveses, frustrações e desapontamentos", mas defendeu não ser tempo para contemplar desânimos. "O que precisamos é de uma nova declaração de independência, de uma nova constituição moral, não apenas no nosso país, mas nas nossas vidas, uma independência em relação à ideologia e à estreiteza de espírito, ao preconceito, ao sectarismo".
A 48 horas da tomada de posse do primeiro presidente negro dos EUA, esta viagem de comboio segue a linha do seu modelo e predecessor Abraham Lincoln, na tomada de posse de 1861.
O comboio deverá parar em Wilmington (Delaware, no leste), a cidade do futuro vice-presidente Joe Biden, senador do Delaware durante 36 anos. Dirigir-se-á depois para Baltimore (Maryland, leste), onde o futuro presidente tem previsto um discurso ao ar livre, devendo chegar a Washington apenas ao anoitecer.
A jornada de 220 quilómetros - que será marcada por diversas paradas para discursos e passagens lentas para que as pessoas possam acenar para a família Obama - é o início oficial para um fim-de-semana de festas, concertos e espectáculos para celebrar a posse.
Obama somou um grande reforço esta semana quando os democratas no Parlamento anunciaram um orçamento de estímulo económico no valor de 825 biliões de dólares, o que atende às medidas que o presidente eleito havia solicitado.
Ainda na quinta-feira, o Senado votou para dar a Obama autoridade para gastar os 350 bilhões de dólares remanescentes de um fundo industrial financeiro de 700 bilhões de dólares criado em outubro.