«Second Life», de Alexandre Valente, nos cinemas dia 29
Vai estrear nos cinemas portugueses, a 29 de Janeiro, «Second Life», de Alexandre Cebrian Valente, trazendo um elenco de luxo a protagonizar «uma história de duas vidas: a existente e a que poderia ter sido», segundo as declarações de Nicolau Breyner em conferência de imprensa esta sexta-feira.
O elenco, encabeçado pelo polaco Piotr Adamczyk, conta com Nicolau Breyner, Lúcia Moniz, Liliana Santos, Cláudia Vieira, Fátima Lopes, Paulo Pires, Sandra Cóias, Pedro Lima, Tiago Rodrigues e Sofia Grilo.
Figuram também no grande ecrã Luís Filipe Borges, José Carlos Malato, Pêpe Rapazote, Luís Figo, Ricardo Pereira, José Wallestein, Ruy de Carvalho, Ana Padrão, Rita Andrade e Manuela Sousa Rama.
Alexandre Valente é responsável pela ideia original, argumento e diálogos, partilhando a realização com Miguel Gaudêncio.
Esta longa-metragem com 82 minutos, gravada em paisagens lusitanas e na Itália, apresenta uma banda sonora da autoria de Bernardo Sassetti, com temas interpretados pela Orquestra Sinfonietta de Lisboa, dirigida pelo maestro Vasco Pearce de Azevedo.
«Se tivesse hipótese de viver uma second life (segunda vida), quereria ter passado na mesma este momento», brincou Liliana Santos sobre as filmagens.
Obs: Dê-se os parabéns ao produtor - Alexandre Valente (e ao elenco de luxo, que até conta com Luís Figo...) porque o filme promete e afigura-se já como um sucesso cinematográfico antecipado.
De resto, poderia aproveitar-se o guião e o próprio ambiente de Second Life (SL) para incluir alguns líderes da oposição e fazer um 2º filme:
- Ferreira Leite poderia aparecer com um "antes" e um "depois" - a ministra das Finanças e de Estado de Durão que subscreveu o TGV e agora como líder da oposição quer "riscá-lo";
- Paulo Portas aparecia a representar o jornalista do Indy e depois como o político e ex-ministro dos submarinos;
- Louçã como o eterno fabricador de utopias;
- o camarada Jerónimo como o exemplo do self-made man que subiu a vida a pulso, de torneiro-mecânico virou a rosca e é deputado e Secretário-Geral do PCP;
- os Verdes poderiam aproveitar o ano de 2009 para, por uma vez na vida, ir a eleições e deixar de parasitar o PCP - pois para isso já bem basta o Bloco de Esquerda.
- Santana Lopes - é a própria encarnação do Second Life, com ele o sonho, a virtualidade, a simulação - seja nos aspectos da vida real e social - é tudo a mesma coisa. A sua mais recente incursão a Lisboa representa bem essa sua 2ª vida ou vida paralela.
- Sócrates - já agora - poderia sonhar novamente com a 2ª maioria absoluta convidando o poeta Manuel Alegre para a pasta da Cultura e Ferreira Leite para sua ministra das antiguidades - coadjuvando o Ministério da Cultura na preservação do património histórico-cultural do país. Embora o exemplo mais singular de SL - seja, de facto, o de Santana que teve uma 1ª incursão como edil para gerar uma cratera financeira na autarquia e agora deve ter apostado com algum grupo de amigos que seria capaz de aumentar esse passivo, o caos e a ingovernabilidade na capital. Para isso, escolheu como referência de bom urbanismo a ex-Berlim Leste e o Governo para liquidar o passivo que ele próprio ajudou a agravar. Se isto não é virtualidade...
O Alexandre Valente que pense nisso para o Verão porque encontra aqui mais um magnífico filão para engrossar a sua carteira à boleia de mais uma película. É só adaptar o guião à vida real de alguns players do nosso espaço político.
Até porque hoje o espaço para a fantasia é limitado. A realidade é sempre mais surpreendente. A candidatura Lopes a Lisboa ilustra esse mesmo absurdo político e ético. Com ele dilui-se o Second Life e inaugura-se uma espécie de vida sobrenatural, um limbo permanente que supera a tridimensionalidade desse novo ambiente virtual.
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