"W." Bush Trailer Directed by Oliver Stone
Por questões de estilo pessoal, de background, ideológicas, religiosas, políticas G.W.Bush não soube aproveitar os anos que esteve na Casa Branca para fazer uma liderança credível e tornar os EUA uma superpotência respeitável no mundo. Com o tal softpower capaz de fazer alianças com outros e, por via diplomática, eliminar obstáculos. A guerra ao Iraque, e os seus pressupostos, a guerra ao Afeganistão, a forma como lidou com o terrorismo global e suicidário que arrancou com o fatídico 11 de Set. em 2001 - integraram factos e circunstâncias que poderiam ter ajudado o homem a fazer uma grande função, mas, de facto, o homem, por impreparação e pelas razões acima indicadas, matou a função.
Além de que, pela natureza das coisas, Obama personifica a esperança e a mudança em Washington DC, e McCain representa a crise económica e a linha de continuidade das políticas públicas de W. - do partido do Elefante (partido republicano).
Resultado: os EUA hoje estão mais pobres em termos de leadership global, ninguém acredita na América, a sua economia entrou em descrédito como vemos com a falência de bancos de investimento, as gaffes de G.W.Bush tornaram-se tão banais quanto monumentais que já ninguém estranha. Bush tornou-se assim numa espécie de Alberto João Jardim, o bobo da corte de meio mundo.
Todos estes factores foram, naturalmente, aproveitados pela 7ª Arte - e o "amor" que Oliver Stone tem por G.W.Bush é tal que resolveu fazer o filme "W." cujo trailer se pode ver acima. Antes das eleições, Stone talve seja o homem que mais ajuda política dá a Barack Obama, embora, na realidade, não precise - porque a sua superioridade intelectual, pessoal e política relativamente a McCain é por demais evidente.
Mas Obama não poderá deixar de dizer para os seus botões: Thanks Oliver Stone...
Embora duvide que o filme seja um sucesso de bilheteira fora da América, onde já todo o planeta conheceu as gaffes de W., que, por não ser um Kennedy - atrevo-me a vaticinar que o filme será um deserto de ideias, de narrativas e de acções. Desta feita, entre a realidade e a ficção - o mundo já gramou a 8 anos de realidade desastrosa, por isso não estou a ver esse mesmo mundo a enfiar-se agora nas salas de cinema - animados por uma tal curiosidade cinéfila e política - para pagar - a dobrar - para ver as tais monumentais gaffes que o pior presidente da América - desde a sua fundação - já alguma vez cometeu em terras do Tio Sam.
Bailout Bill Passes, Bush Fucks America, Yet Again!
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