quinta-feira

O Estado é o pai de todos nós ante a erosão maneta da mão invisível

Género: ficção política
Consabidamente, o Estado tem vindo a intervir junto da banca e seguros em todo o mundo para garantir as poupanças das pessoas ante a iminência de ficarem descapitalizadas na sequência do colapso do sistema financeiro dessas instituições. Em Portugal, essa situação não se coloca, mas o Estado já afirmou e reiterou que se vier a ocorrer o Estado garante os depósitos que, porventura, deixem de ser assegurados pelos bancos se a crise de confiança se agravar e atingir Portugal. Nesta linha, em que o Estado assume a sua vocação de pai-dos-cidadãos contra os desvarios e gula do mercado, tal como tem de garantir a Segurança e a Justiça de todos, esta madrugada o ministro da Economia numa acção de blitzkrieg - nacionalizou a Golp-energia para pôr ordem na casa, disciplinar as gordas margens que auferiam e, desse modo, colocar os combustíveis junto dos consumidores 50cêntimos mai barato. Foi a única medida executada sem ser anunciada em CM nem debatida no Parlamento - mas apoiada por todo o espectro partidário, excepto por Ferreira Leite - que não anda de carro.