Ferreira Leite também vai a Washington DC
Género: Ficção política. A Manela na América
É sabido que a situação financeira e económica nos EUA não é famosa, a bolha especulativa do neoliberalismo do Consenso de Washington praticada nas instituições financeiras, seguradoras, operadores de rating, casas de investimentos, bancos, fundos de pensões, etc - implodiu, jorrando o seu pus sobre os mais desprotegidos, que ali tinham as suas poupanças de reforma e investimentos privados.
Como a mão invisível de Adam Smith não funcionou, porque nesse mundo anarco-capitalista - os tubarões comem sempre as bogas, passou a funcionar a mão visível de "Adam Silva G. W. Bush" (à boleia das poupanças do Zé Povinho norte-americano) cujo Estado interveio - para evitar que a 3ª Idade e pensionistas não fossem para a rua pedir uma esmola para comer a sopa dos pobres.
O Estado converteu-se, assim, no Pai do mercado, como se John M. Keynes adoptasse os teóricos da Escola austríaca, com o hiper-liberal Friedrich von Hayek à cabeça. É neste turbulento contexto económico, de grande incerteza e risco - que G.W.Bush convidou Obama e MacCain a deslocarem-se à Casa Branca para discutir e eventualmente negociar um Grande Plano de Salvação Nacional - com base no qual se resgatará a podre situação económica norte-americana.
Ora, como todo este problema, que atinge as famílias norte-americanas e tem um alcance verdadeiramente nacional - se encontra integrado no timing da campanha eleitoral, com os candidatos democrata (Obama) e republicano (MacCain) ao rubro, é natural que o ruído politico-partidário conduza a situações de grande oportunismo - de parte a parte - com o fito de explorar essa eventual negociação de salvação da economia nacional para fins eleitorais. O que seria pior a emenda que o soneto e uma maldade à luz dos Founding Fathers que teceram o mais brilhante constitucionalismo moderno, como é o dos EUA, v.q., a sua Constituição é a mais curta do mundo e uma das mais perfeitas, do ponto de vista da técnica jurídica e do equilíbrio de poderes encontrado no Presidencialismo puro.
É precisamente aqui que entra o fantasma - Ferreira Leite, a mulher de vermelho, que vai assim vestida para Washington dar um sinal de esquerda ideológica, reguladora e justicialista ao mundo, ante o falhanço de toda a filosofia neoliberal - que hoje assiste ao enterro do capitalismo de casino.
Apesar de ainda não ter confirmado a sua presença, o seu escrivão Pacheco Pereira, mais o assessor que costuma passar as informações ao pasquim da sonae, adiantam ao Washington Post (ao qual o Macro teve acesso) que a sua missão para as bandas do Capitólio se destina a levar uma tonelada de silêncio aos negociadores e, desse modo, pacificar as hostes e levar uma mensagem de esperança à América profunda que hoje se encontra à beira do precipício.
Consta que a Manela, para efeitos logísticos, já mandou empacotar essa tonelada de silêncio dentro de um contentor do tipo - Big Mac - em homenagem ao capitalismo gastronómico cujas lojas alimentares a América pulverizou pelo mundo.
A Manela, segundo consta, até leva um exemplar do livro Mudar de Vida de Marques Mendes - para oferecer a G.W.Bush, só não vai autografado, porque ela não foi ao lançamento do livro dado encontrar-se em retiro profundo. Semelhante aqueles retiros Opus Dey que o ex-banqueiro do bcp, Jorge Jardim Gonçalves fazia com os quadros do dito banco para jizar estratégias futuras...
Viu-se no que deu, noutra bolha especulativa de capitaalismo de casino..., a que nem a regulação do BdP do majestático Vitor Constâncio atenuou.
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Por efeito de contraste, aqui [Link] poderá ver algo que não acontece na política, muito menos na economia e na alta finança. Uma relação especial entre um leão e os seus criadores.
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