Larry Craig: I Am Not Gay. O casamento-gay em Portugal
Larry Craig: I Am Not Gay
Sempre achei que o casamento-gay é um assunto do folho (perdão, foro) íntimo de cada um. A sociedade portuguesa não tem de mimetizar tudo aquilo que a Europa faz ou deixa de fazer em matéria de costumes ou de comportamentos privados, designadamente os que se referem à opções sexuais de cada um.
Como o assunto é de natureza ético, problemático e divisor do pensamento da sociedade portuguesa - faça-se primeiro um debate nacional profundo sobre o tema, seguido de referendo. Muitas teses de doutoramento ainda terão de passar por baixo das pontes, muitos gays não assumidos terão de dar a cara, muito político (partidário) terá de assumir as suas orientações sexuais e não esconder-se no arvoredo nocturno do Parque Eduardo VII.
Enfim, há todo um conjunto de tabús, vergonhas, mitos e preconceitos que, de facto, terão de desaparecer na sociedade portuguesa até que consigamos todos discutir estas "paneleirices" - de forma séria e ética.
Em 2014, quando o PSD tiver uma nova e mais liberal liderança - agende-se a questão para ser votada no Parlamento, juntamente com os demais grupos parlamentares. Até lá reflictamos, pensemos, meditemos...
Agendar a questão agora é colocar as energias dos políticos nacionais, e da sociedade portuguesa no seu conjunto, num tema não prioritário, e a política também é sentido de oportunidade - que esta questão do casamento-gay, por mais post-modernassa que seja e ocupe as agendasinhas de qualquer juventude partidária - não interessa à maioria dos portugueses, hoje mais preocupados em saber como é que o PIB cresce, a competitividade aumenta, a carga fiscal diminui, o desemprego baixa, a segurança aumenta - neste carrossel da vida contemporânea.
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