terça-feira

A sede de bi-Campos e Cunha. Conselhos úteis aos portugueses para combater a alta do petróleo...

Aparentemente iguais, há quem diga que a diferença apenas reside no suspiro
A Sedes é um associação que visa reflectir sobre os problemas económicos e sociais da nação. Tem lá muita gente respeitada, desde economistas até economistas. Tem lá de tudo, numa versão tecnocrática de Bloco Central hiper-alargado, quero dizer, de abas largas, com aleron trazeiro e estabilizadores laterais e turbo-compressor. Só me admira, confesso, como é que o gurú do engº Belmiro, o sr. Jose manoel Fernandes e o sociólogo António Barreto - não integram o cartaz das festas desta sealy season. Já agora também o douto Marcelo, à ilharga do cartaz, desta feita com um slogan - dizendo que aplica um golpe de karaté ao ministro da Agricultura logo que o vir numa artéria de Cascais.
Gente que já foi governo e ficou magoada quando deixou de o ser e não consegue conviver bem com esse trauma - que fica para a vida. Este facto lembra-me uma passagem (triste e lamentável) de faculdade, onde tive um "professor" cuja única vantagem era adormecer os alunos em plena aula. A cadeira chamava-se Direito Internacional Privado e o sujeito em questão fora em tempos ministro do velho "Botas". Mas volvidos mais de 20 após ter deixado o lugar, i.é, por volta de 1986, ainda vivia o trauma daquele abandono, que deixava transparecer nas sessões de adormecimento colectivo à dita cadeira.
Regressando à terra: o ano passado a referida organização/sedes fez o diagnóstico da nação que os portugueses já conhecem desde o 25 de Abril. Este ano as baterias mudaram um pouco de agulha, e debitaram mais um conjunto de banalidades anti-Governo dissimuladas, claro está, sob aqueles sistemas intelectuais de justificação, como diria Vilfredo Pareto que, certamente, o dr. campos da Cunha nunca ouviu falar.
Mas não é, certamente, casual o agendamento desse debate da sedes: precisamente nas vésperas do debate da Nação para, desse modo, tentar condicionar e/ou ajudar a oposição que nenhuma ideia tem acerca do melhor projecto para Portugal... Neste sentido, aquilo que o dr. Cunha faz não é mais do que ser ou representar o papel de porta-vox da economia & finanças de manuela Ferreira leite. O que ainda poderá originar um casus-belli entre Cunha e o dr. Antónios Borges - por este se sentir magoado porque ultrapassado por um ex-ministro das Finanças de Sócrates vir a público debitar aqueles lugares-comuns, mais parecem os prefácios aos livros de Sociologia post-moderna.
Timing maroto escolhido pelo não menos "maroto" dr. Campos da Cunha. A coisa, agora, é alicerçada em críticas ao ímpeto reformista do Governo que, segundo a sedes, vai mal nas áreas da Saúde, da Educação e das Leis laborais, conforme adiantaram ao Diário Económico.
Isto era esperável: quer por parte dos players que protagonizam as conclusões do estudo, quer no timing escolhido para fazer a maior mossa possível ao Governo - a quem acusam de eleitoralista. Neste capítulo, todos os governos sem excepção o são. Quer os que o dr. Campos da Cunha integrou, quer os que não integrou.
O ponto é que alguns governos têm obra para mostrar, outros não. Ainda que aqueles que mostrem obra ainda tenham de fazer outro tanto para resolver os problemas aos portugueses que - seguramente - não se resolvem com mésinhas de académicos tecnocratas e de políticos frustrados, que é o que sucede à generalidade dos académicos que conhecem experiências frustrantes na área da governação.
Em face desta "novela sul-americana" - que só termina quando já não houver mais dinheiro para o último episódio, fundada num estudo tecnocrático repleto de gente qualificada, pergunto-me acerca do que é mais eleitoraleiro e até anti-patriótico:
- o Governo ao tentar governar, entalado no colete-de-forças da alta do petróleo, dos alimentos e da própria crise endógena decorrente dos factores de subdesenvolvimento estruturais de Portugal, ou uma associação que procura - no espaço e no tempo - potenciar elementos de corrosão ao dito governo (que já integrou) por causa dos insondáveis mistérios do Senhor!?
O mesmo raciocínio se poderia aplicar ao PSD, caso o ex-ministro das Finanças campos da Cunha tivesse integrado um desses governos, o que bem poderia ter ocorrido.
Se campos da Cunha estivesse verdadeiramente preocupado com a Saúde dos portugueses, com a Educação dos portugueses ou até com o Código de trabalho que é aplicado aos portugueses - tê-lo-ía demonstrado enquanto ministro das Finanças, enquanto governante ou até mesmo como docente universitário - a quem a crise não atinge. Muito menos aos funcionários do Banco de Portugal que vivem com salários, regalias, privilégios e reformas que o comum dos portugueses nem sequer sonha. É óbvio que esta crítica - tal como aquele estudo - fronteira com o demagógico e o populista, mas a vida é composta destes materiais sociais que teremos de saber filtrar.
É óbvio que o estudo da sedes sistematiza um conjunto de males que integram o nosso código genético, mas isso já é assim desde 1974, e que agora esse grupo de pensadores, economistas e altos quadros de empresas - por filiação intelectual, corporativa, e, sobretudo, por um tecido conectivo de estreitas relações pessoais - decide racionalizar para melhor combater um Governo - que até já integrou. Amanhã o mesmo ciclo de "intelectuários", como diria um amigo, irá reproduzir-se com o PSD, quando este, por volta de 2020 - fôr poder novamente e, aí, convidar o sr. dr. campos da Cunha para ministro da Saúde, do Trabalho ou, quiça, da Educação - dado tratar-se de um docente universitário - que (em 2020) já deverá estar reformado e a acumular várias reformas...
Quando vejo estas coisas sucederem, no espaço e no timing escolhidos, lembro-me sempre da última palavra com que Luís Vaz de Camões concluíu Os Lusíadas. Mas essa, apostaria, nem o dr. Campos conhece, só depois de consultar o "manual" da nação.
Um exemplo que deveria ser seguido, - mas não por grupos de reflexão fortemente tecnocráticos - e, como tal, sem alma humanizadora para governador o que quer que seja.
Tenho para mim que se um dia essa gente fosse governo da nação - os 10 milhões de tugas ainda andariam a pedir os restos das acções que perderam junto do "milhénium" (bem denunciado pelo Comendador Joe Berardo) ou a fazer um peditório na recepção do Banco de Portugal, com rifas à mistura, para que as pessoas pudessem comprar pão para comer.
Seria um regresso não ao tempo de 1974, mas um regresso ao tempo da Grande Guerra (quer à de 1914-18, quer à de 39-45).
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CONSELHOS ÚTEIS AOS PORTUGUESES PARA COMBATER A ALTA DO PETRÓLEO. A ALTERNATIVA É FAZER COMO FERREIRA LEITE: ANDAR A PÉ...
Em vez da sedes andar a fazer estudos, relatórios, pareceres, debates sobre aquilo que todos já sabemos, com a agravante de serem estudos fortemente politizados, seria mais útil que se pensasse na melhor forma de ajudar os portugueses a lidar com os problemas dos combustíveis.
Seria nisso que os economistas se deveriam concentrar, e não nas críticas político-partidárias de forma encapotada, mediante os tais sistemas intelectuais de justificação, pois é para isso que os think-thank (também servem). Até já se diz que o engº Belmiro é o mecenas do grupo. Que maldade...
Aqui deixamos 4 truques que os portugueses podem utilizar com algum proveito. Esperamos que lhe sejam proveitosos:
1º.Truque: Encher o tanque pela manhã cedo. A temperatura ambiente e do solo é mais baixa. Todas as estações de serviço têm seus depósitos debaixo terra. Ao estar mais fria a terra, a densidade da gasolina e do diesel é menor. O contrário se passa durante o dia, que a temperatura do solo sobe, e os combustíveis tendem a expandir-se. Por isto, se você enche o tanque ao médio dia, pela tarde ou ao anoitecer, o litro de combustível não será um litro exatamente. Na indústria petrolífera a gravidade específica e a temperatura de um solo tem um papel muito importante. Onde eu trabalho, cada carregamento de combustível nos caminhões é cuidadosamente controlada no que diz respeito à temperatura. Para que a cada galão vertido na cisterna do caminhão seja exato.
2º Truque: Quando encher o tanque, não aperte a pistola ao máximo. Segundo a pressão que se exerça sobre a pistola, a velocidade pode ser lenta, média ou alta. Prefira sempre o modo mais lento e poupará mais dinheiro. Ao surtir mais lentamente, cria-se menos vapor, e a maior parte do vertido converte-se num cheio eficaz. Todas as mangueiras surtidoras devolvem o vapor à o tanque. Se encherem o tanque apertando a pistola ao máximo uma verdadeira percentagem do precioso líquido que entra no depósito se transforma em vapor e volta pela mangueira do surtidor ao depósito da estação. Com o qual, conseguem menos combustível pelo mesmo dinheiro.
3º. Truque: Encher o tanque antes de que este baixe da metade.* Quanto mais combustível tenha no depósito, menos ar há no mesmo. O combustível se evapora mais rapidamente do que você pensa. Os grandes depósitos cisterna das refinarias têm tetos flotantes no interior, mantendo o ar separado do combustível, com o objetivo de manter a evaporação ao mínimo.
4º Truque: Não encher o tanque quando o posto estiver sendo reabastecido e nem imediatamente depois.* Se chega você ao posto de serviço e vê um caminhão cisterna que está repondo os tanques subterrâneos da mesma, ou os acaba de reabastecer, evite, se puder, abastecer em dita estação nesse momento. Ao rreabastecer os tanques, remove-se o combustível restante nos mesmos e os sedimentos do fundo. Assim sendo você corre o risco de abastecer combustível sujo
Boa Viagem.