Dr. House e o caso Maddie
Muitos de nós conhecem os skills do Dr. House: um médico líder duma equipa que antes de operar desenvolve um intenso trabalho exploratório, equacionando todas as pistas e hipóteses de trabalho úteis à investigação. Delas depende o sucesso da operação, e da operação resulta (ou não) a vida do paciente. A cidade de Lisboa alberga outdoors com a sua imagem, e só por acaso - ou por uma qualquer associação do destino relacionada com a vida duma criança, abruptamente ceifada, ocorre-me pensar como seria o desenlace do caso Maddie caso um homem com este perfil estivesse no papel outrora desempenhado pelo inspector reformado da PJ, Gonçalo Amaral, autor do livro A verdade da mentira ontem lançado em Lisboa.. Certamente que muita coisa seria diferente. Muitas perguntas não respondidas pela mãe da menina desaparecida, teriam resposta - por acção ou por omissão -, outras linhas teriam sido seguidas, outros testemunhos teriam sido chamados ao processo, comportamentos difíceis, problemáticos e até sexualmente insidiosos da referida mãe em relação à menina - teriam sido cirúrgicamente avaliados e, no conjunto, um fotografia global ao quadro da investigação teria sido racionalizado. Mas infelizmente, então à frente da PJ estava um mono: um armário do séc. XIV, sem expressão, sem forma, sem ideias, sem liderança, sem chave, sem portas, 100 nada para oferecer à investigação. Um armário já muito consumido pelo velho bicho da madeira.. Apenas falava baixinho na esperança de que ninguém o ouvisse... Já agora, alguém viu Maddie por aí?! Infelizmente, esta será uma novela sul-americana que ainda nem recomeçou...
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