Raymond Aron. Um Mestre do séc. XX, de sempre. Breve evocação.
Raymond Aron
Um mestre do pensamento político do séc. XX. Combinou, como nenhum outro, os conhecimentos da filosofia, da sociologia, da história e da praxeologia - enquanto vector coadjuvante do sistema da tomada de decisão. Defendeu que as Relações Internacionais/RI, ou melhor entre Estados - exprimem-se mediante relações de natureza específica. E aqui há dois personagens essenciais: o diplomata e o soldado. Dois homens, dois símbolos que agem enquanto representantes das colectividades às quais pertencem. O diplomata (através da figura do embaixador) exerce as suas funções de representação na unidade política do Estado que representa, e em nome do qual fala; o soldado actua sobre o campo de batalha, e morre em seu nome. Ambos vivem e simbolizam as RI - e ora recorrem à diplomacia ora recorrem à guerra para resolver os vários diferendos que emergem no sistema internacional nesse complexo jogo de relações de poder que ainda hoje, no 1º quartel do séc. XXI, não mudou assim tanto. Fica, pois, o pensamento claro, denso e inovador do mestre do pensamento político do séc. XX - que em Portugal teve alguns ex-ministros salazarentos que o tentaram copiar. Ainda hoje os conflitos são regulados pelo sangue, e é esta particularidade que confere singularidade às RI das demais ciências e dos outros conflitos. Raymond Aron - uma referência. Ontem, hoje e sempre.
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