sexta-feira

A cambada que povoa este rectângulo à beira-mar plantado...

Quando somos treinadores de bancada dizemos que vamos fazer, mas nunca fazemos, apesar de interiorizarmos a ideia de que fizémos. Parece um jogo de palavras, mas não é. Desta feita, se olharmos com olhos de ver para o País-real e pensarmos o que seria governar este Portugal por um dia seria de loucos, era de fugir a sete pés. Pois desde a CGTP à Fenprof, desde a CAP aos camionistas, a alta do petróleo, as bacuradas dum burocrata que quer aumentar o preço da luz, o aumento pão, do Instituto do Vinho e da Vinha, tudo e todos se queixam que Sócrates não dialóga. Que reforma muito e variados sectores da sociedade e da economia nacionais. Governar assim, de facto, é problemático. É como estar a tentar resolver um teorema e o tipo do lado estar sempre a chatear: a falar da bola, da mulher, do filho, dos gastos da amante ou até das novas orientações e gostos sexuais que alguém aos 60 anos passou a ter. De facto, governar hoje em Portugal é difícil, é mesmo problemático. Mas Sócrates segue o caminho mais directo que é o do senso comum, e o que é preciso fazer faz-se fazendo. Nenhum mecânico pergunta ao cliente o que pensa do seu motor ou qual é a performance intelectual no seu trabalho ou ainda o seu rendimento sexual no leito conjugal. São questões laterais ao mecânico. Pois ao Governo importa governar; aos portugueses cabe trabalhar; os sindicatos colocar objecções aos patrões e ao governo e defender os interesses dos trabalhadores - como faz a UGT; a CGTP-Inter sindical, ao invés, especializou-se mais em saber como tornar-se um apêndice do PCP e em abandonar negociações a meio. Como diria aquele que é hoje o locatário do Palácio de Belém -: deixem o homem trabalhar. Governar com a cambada é mesmo difícil, safa...