segunda-feira

Com Paul Samuelson aprende-se... Tem quase a Idade do século

Paul Anthony Samuelson (1915- ) é um economista americano de ascendência poloca, nascido na cidade de Gary, Indiana. É considerado como um economista "generalista, no sentido em que suas contribuições para a ciência econômica são dados em vários campos. Tal é explícito na justificação dada pela atribuição do Nobel da Economia em 1970: "pelo trabalho científico através do qual desenvolveu teoria nos campos da economia estática e dinâmica, contribuindo activamente para aumentar o nível da análise da ciência económica". Samuelson foi o primeiro norte-americano a receber o mais honroso galardão desta ciência social. Representou e defendeu a doutrina Keynesiana, fazendo parte de um grupo de pensadores notáveis como James Tobin e Robert Solow. [...]
A dado passo da sua longa e rica obra, o prof. Samuelson dizia que a Economia é a ciência que se preocupa com o estudo das leis económicas indicadoras do caminho que deve ser seguido para que seja mantida em nível elevado a produtividade, melhorando o padrão de vida das populações e empregados os recursos escassos.
Desconhecemos se na altura desta formulação teórica o professor de economia estaria a pensar no petróleo, ou mesmo na água, um outro bem comum que deve ser gerido com cuidado, mas uma coisa é certa: se não houvesse escassez nem necessidade de repartir os bens entre os homens, não existiriam tampouco sistemas económicos nem sequer Economia. Ela é, fundamentalmente, o estudo da escassez e dos problemas da sua repartição.
Por isso deixamos aqui esta pequena nota de evocação ao grande economista ainda vivo que é Paul Samuelson - que sempre soube pensar e escrever a Economia sem ser especioso, hermético e, talvez por isso, lhe emprestou tão largos horizontes recebendo até o Nobel da Economia 3 anos antes da 1ª grande crise petrolífera - que pôs a Europa às escuras e a consumir velinhas como se todos estivéssemos num velório global.
Hoje essa mesma Europa, mais alargada, incorre na mesma escuridão, com a agravante de pagar a crise e os caprichos dos senhores da OPEP com uma factura mais pesada.