terça-feira

Rui Pereira sublinha cooperação com Espanha no combate ao terrorismo

Rui Pereira participa hoje no I Fórum de ministros da Administração Interna dos países da CPLP
Ministro comenta relatório da Europol
Rui Pereira sublinha cooperação "muito estreita" com Espanha no combate ao terrorismo
08.04.2008 - 11h58 Lusa
O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, sublinhou hoje a cooperação "muito estreita" que Portugal tem desenvolvido com Espanha para prevenir a actividades terroristas e actividades criminosas transnacionais, um dia depois de ter sido divulgado o relatório da agência policial europeia (Europol).
As declarações do ministro, à margem do I Fórum de ministros da Administração Interna dos países da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP), referem-se às conclusões do relatório que aponta para um "aumento inusual" da actividade do grupo terrorista basco ETA em Portugal, no final do ano passado.
O documento, divulgado em Bruxelas, indica que as autoridades portuguesas assinalaram "um aumento inusual" das actividades da ETA em território português, na segunda metade de 2007, embora "apenas relacionadas com o aluguer de viaturas posteriormente usadas em operações".
Questionado sobre a possibilidade de existirem outro tipo de actividades desenvolvidas por elementos da organização separatista basca em Portugal, o ministro limitou-se a dizer que "os crimes de terrorismo estão sujeitos a segredo de justiça e que as investigação são desenvolvidas pela Polícia Judiciária".
Rui Pereira recordou ainda que o Governo português subscreveu uma declaração em Lisboa que sublinha a vontade firme de cooperação entre Portugal e Espanha e que prevê a possibilidade de constituição, se for caso disso, de equipas mistas para investigar esses fenómenos.
Obs: O MAI, dirigido pelo prof. Rui Pereira tem revelado uma capacidade política de atacar os vários problemas da Segurança em múltiplas frentes (interna e transnacional), sendo de acautelar as movimentações da Eta a Sul de Portugal - onde aqueles vão descansar e repensar novas formas de criminalidade de Estado. De resto, já um antigo Comissário português em Bruxelas havia sugerido a constituição de equipas mistas a fim de diagnosticar melhor o problema e, desse modo, ser mais pro-activo. Sendo certo que Deus e o Diabo estão nos pormenores, e esses, por questões de segurança, nunca se devem revelar. Por isso, nota máxima para Rui Pereira e para a sua equipa do MAI - agora a trabalhar em estreita cooperação com o Reino de Espanha no combate ao maior flagelo do séc. XXI: o terrorismo.