quinta-feira

A lucidez de Barack Obama

Regressamos a mais uma passagem do livro de Barack Obama, A Audácia da Esperança, pág. 34 - para alinhar o seguinte (que encerra muita verdadinha, infelizmente):
[...] Claro que há outra história, a que contam os milhões de americanos que andam todos os dias a fazer pela vida. São empregados ou procuram trabalho, estão a lançar os seus negócios, ajudam os filhos nos trabalhos de casa, enfrentam contas dp gás elevadas, seguros de saúde insuficientes e fundos de pensão que um tribunal de falências qualquer declarou inutilizáveis. Ora estão esperançosos, ora receosos quanto ao futuro. As suas vidas encontram-se repletas de contradições e ambiguidades. E como a política parece ter tão pouco a ver com os problemas que enfrentam - como percebem que hoje em dia a política é um negócio e não uma missão, e que o que conta como debate pouco mais é do que espectáculo - , viram-se para dentro, para longe do ruído e da raiva e das intermináveis conversas ocas.
Obs: Esta passagem é dedicada ao amigo "VA" - que por também ser um homem lúcido várias vezes seguidas até julgo que é translúcido. A Política carece de homens assim, na política activa ou nos bastidores que, por vezes, ainda é mais importante porque previne outros que estão na linha da frente de dizerem tantas asneiras e de cometerem tantos erros.