Sócrates, Portugal e a Europa ganharam em toda a linha na cimeira UE/África
Por vezes temos de convidar para nossa casa e meter à nossa mesa aquelas pessoas que não têm maneiras, são uns ditadores, não respeitam nada nem ninguém, salvo os seus próprios interesses, caprichos e paranóias. Fez bem Portugal em ter convidado todos os líderes africanos para a cimeira UE/África. Foi embaraçosa a estadia de Mugabe - que esteve alí - sózinho - a penar enquanto outros dialogavam. Sócrates, mais uma vez, foi inteligente e politicamente eficaz na gestão da presidência da UE, marcando um ponto de viragem constante da Declaração de Lisboa onde se inscrevem os compromissos políticos, sociais, económicos e ambientais para África.
Veremos, doravante, como esses, valores, princípios, programas e medidas de acção se articulam no terreno (o tal Plano de acção) em ordem a dar cumprimento aqueles princípios da Declaração de Lisboa. Foi, portanto, um momento histórico que a cidade de Lisboa, cujo anfitrião foi António Costa, conseguiu realizar.
Podia ser o Gengis khan, mas é kadafi. Apesar de tudo matou menos pessoas. Mas foi penosa ver a sua prestação: intelectual, pessoal, posicional - a todos os títulos Kadafi mostrou ser um bárbaro disfarçado de ocidental. Por momentos lembrei-me daquelas lendas que falam daqueles burros convidados para a festa dos leões, e a dado passo os burros também querem mostrar a sua juba, mas o que mostram, realmente, é os seus dentes podres com a idade em anexo e um olhar furtivo que assusta até o próprio susto.
Mas atenção, a Líbia tem no seu solo petróleo e gás natural desejados por Portugal no âmbito da sua política de diversificação energética. Temos, pois, de nos sentar à mesa com bárbaros paranóicos e pagar-lhes as refeições. Também já me sucedeu isso algumas vezes.
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