segunda-feira

O tempo, os tempos, temporalidades

Observando o tempo...
O tempo, tal como a morte e os ovnis que nunca vi ao vivo - é uma 3ª variável que me fascina. Sinto que há diferentes tempos, consoante as idades e as circunstâncias, e hoje reconheci que aos 20 o tempo tem um horizonte, aos 30 apresenta outro horizonte e aos 40 recorta-se noutro horizonte. Qual deles será o tempo certo!?
Ao rasgar o espaço nos transportes, que recuperei doutro tempo, percebi que não há mais temporalidade no sentido tradicional. Hoje estamos todos num só tempo: o tempo presente das máquinas, das combinações dos arranjos tecnológicos de elementos, de vectores e dados. Tudo é informação. Sendo que o único acontecimento novo é só um: o das máquinas, das tecnologias, etc... E não saímos dessa roda virtual. Com o tempo e a história a girar à volta dessa roda.
A dado momento, até se pode pensar que o tempo tradicional que conhecemos nas décadas de 90, 80 e 70 do séc. XX estão sendo atacados por este novo tempo do 1º quartel do séc. XXI, através das sucessões de combinações, feito das tais temporalidades técnicas e cibernéticas - que atacam o tempo velho.
Em suma: andar de metro dá nisto. Só vemos luzes, raios, velocidades e a história perde-se nessas luminescências furtivas cabendo à história um papel residual.
Hoje andamos todos embasados, porque o tempo tradicional foi substituído pelo tempo tecnológico e este já não se deixa medir como o outro. Será (também) porque estamos mais velhos!?
O tempo é f..... Rebenta-nos com a memória. E se não fosse a música e meia dúzia de autores muitos de nós, provavelmente, já nem saberiam quem eram.
A-HA - Hunting High And Low

CHAKA KHAN - AIN`T NOBODY (LIVE 1997)

Chaka Khan - I Feel For You