segunda-feira

Notas Soltas, breves - por António Vitorino -

Não o disse, mas António Vitorino aparece aqui em reza por Santana, já que no psd não há ninguém que o acuda. É a solidariedade inter-partidária, já que a solidariedade intra-partidária não funciona neste caso.
Do nosso breve registo das NS de AV registei alguns factos e com a subjectividade do costume:
1. No debate para-lamentar entre o PM e Santana Lopes este não desiste de se humilhar e comportar-se como um verdadeiro fáquir nas noites algarvias da década de 80, a fim de ganhar uns trocos no túnel de Albufeira para depois os gastar no 7/5 ou no Club Silvias na Praia dos Pescadores. Santana atacou o governador do Banco de Portugal que fora nomeado pelo seu colega de partido e de quarto nos tempos de estudante, Durão Barroso. Mais um tiro no pé. Se Sá Carneiro cá regressasse subtrai-lhe o aperto de mão... Por este andar até dá vontade de oferecer uma J3 a Santana, já que ele tem assim tanta vontade de se suicidar políticamente. Embora o problema de Lopes seja outro: não sabe fazer nada, então achou que o papel de tribuno no hemiciclo seria uma escapatória. Não é, é antes um funeral político em gestação.
E os "amigos" não lhe o dizem, o que significa que não são verdadeiros amigos. Santana está, de facto, só. E ainda será Sócrates que depositará uma velinha por ele em Fátima. Ou então ainda o convida para assessor - para aprender algo com os demais assessores.
2. Em matéria de impostos importa ver qual a incidência das medidas do governo, se afectando as pessoas se as empresas, e em que contexto isso decorre, ou seja, em alta dos preços do petróleo; em contenção das despesas públicas; e em que evolução das taxas de juro e do comportamento doutras políticas económicas. A incerteza é a regra, por isso tudo pode acontecer, até uma baixa de impostos em 2008 - o que a oposição quer que o governo, desde já, reconheça. Talvez pressionado por isto Teixeira dos Santos, tautológico como é, se engane, e de manhã diga uma coisa, à tarde outra. Também isto é política. Ou será deste tempo verónico em pleno Outono!!?
3. O nó górdio da Ota vs Alcochete. Ninguém sabe onde plantar o aeroporto. A CIP já começou a "marrar" com Mário Lino, este já não fala para não inventar outro Deserto e transformar-se assim na anedota de fim de ano. Portanto, o melhor mesmo é não comentar, diminui assim as possibilidades de dizer asneiras. Talvez aqui o mais avisado fosse seguir aquilo que António Vitorino prega há um ano: definam-se previamente os critérios que presidirão à avaliação do estudo de forma a evitar guerras de alecrim e manjerouna: custos e viabilidade económica, impacto ambiental num quadro de comparação.
Quanto ao TGV, sendo um projecto independente do aeroporto, convinha ajustá-lo à melhor opção - embora para já tudo indique que a racionalidade económica aponte na direcção de Alcochete. We shall see..
4. Quanto a Hugo Chaves é um arruaceiro, ao pé de Fidel castro até este ditador é um senhor. Mas Portugal tem acordos energéticos em curso com a Venezuela, portanto havia que fazer a diplomacia funcionar. Por isso, Cavaco deu duas voltas na cadeira e Sócas também enrolou a língua. Realpolitik oblige. E mesmo que assim não fosse, o que adiantaria tentar educar um arruaceiro, se ele no momento seguinte voltaria à sua verdadeira condição: ser arruaceiro!!!