As "zebras" do Jumento: um cruzamento perigoso...
Sugira-se ao fotógrafo de serviço à cidade que esperasse mais 15 ss. para aproveitar e tirar a chapa a um BM série 7., mais 27 ss., registaria o Jaguar do Jardim Gonçalves ou um Aston Martin, ambos carros capitalistas, o que ficaria mal. O ideal seria "chapar" um carro do povo, um VW, assim daria uma imagem proletária e amiga do "povão". Dessa forma até a zebra ganharia outro brilho ante os poemas do Pessoa na fronteira do Martinho. Sugira-se, pois, mais paciência ao fotógrafo.
O Jumento chama a atenção da autarquia - através destas duas imagens de que é autor - para que o Sr. Presidente mande pintar as zebras onde passam muitas e poucas pessoas, muitos e poucos eleitores. De facto, não se percebe como as zebras não estão onde deveriam estar. Pergunto-me se será falta de tinta, falta de verba, falta de lentes - cujo défice foi agravado pelo Executivo precedente ou, simplesmente, esperança que as pessoas já não sejam atropeladas, ou, sendo-o que o sejam fora das passadeiras.
Como mero cidadão também gostaria que houvesse passadeiras em Lisboa inteira, nos locais apropriados, desde que, a montante, os condutores também soubessem conduzir, observassem as regras e às 5 da madrugada não andassem a 120klh. nas artérias da cidade a ceifar semáforos e, de caminho, triturar pessoas que apenas tentavam atravessar a estrada para ir trabalhar.
Espero que dentro duma semana os "homens da Robialac" metam as zebras onde faltam - no Campo das Cebolas - sem com isso garantir que não haja mais acidentes, cuja prevenção depende, essencialmente, da forma como se conduz e não dos sinais longitudinais na cidade (mero paliativo). Até porque grande parte dos acidentes também ocorre nas passadeiras. Azar!!!
Ao fim e ao cabo para que servirão as regras de trânsito e os sinais se, na prática, os condutores as violam!? Se assim for, pergunto-me se a autarquia não deverá investir mais em pedagogia - em articulação com as Escolas de Condução - do que nas zebras do jumento que tardam...
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