As agências de comunicação na vida dos partidos
(in dn)
"Trata-se de uma auditoria, durante a qual vamos pensar toda a comunicação interna e externa do partido ao nível do gabinete de audiovisuais, da relação partido/ sociedade e partido/grupo parlamentar." Cunha Vaz afirma que, depois desta tarefa, voltará à sua bolsa de clientes, "90% da área empresarial". O gestor da Cunha Vaz & Associados negou que tenha sido pressionado "por qualquer cliente", e em particular a Caixa Geral de Depósitos (CGD), para deixar de trabalhar com o PSD. "A CGD pôs-me cem por cento à vontade, porque temos uma relação de confiança", frisou.
Sublinha mesmo que se Luís Filipe Menezes - e só para ele no PSD trabalhará - lhe pedir para gizar nova campanha para as legislativas de 2009, "contará então comigo a 100% e ganharemos as eleições".
Cunha Vaz envolveu-se numa polémica com Pacheco Pereira, depois do antigo deputado do PSD o ter acusado de ter feito uma campanha "degradada"nas eleições internas do PSD. Pacheco publicou no blogue Abrupto uma carta pessoal que Vaz lhe dirigiu e este "indignado" enviou-lhe segunda missiva, pedindo igual tratamento. Mas não o teve. Nessa carta, a que o DN teve acesso, Cunha Vaz questiona Pacheco sobre quem pagou a sua campanha para as europeias e sobre quem financiou os almoços e jantares em que esteve quanto foi líder da distrital do PSD de Lisboa
Obs: Desconhecia que José pacheco Pereira publicava no seu blog Abrupto, que sempre me pareceu o átrio duma agência funerária, cartas pessoais, i.é, sem o consentimento do autor. Não é nem sério nem digno, independentemente da sua proveniência. É lamentável e duma falta de educação atroz. Deve ter sido algum resquício do maoismo que lhe ficou dos métodos da clandestinidade doutros tempos. Já me ahabituei a ler o Pacheco de lado, o resto desconto porque está eivado de motivações políticas e pessoais, algumas delas de origem sectária - apesar de parecer dar uma imagem de abertura e de cosmopolitismo que, de facto, esse MRPPúm não tem.
Dito isto, vejamos agora o papel das agências de comunicação junto das forças partidárias, designadamente junto do psd que está em apuros e nada faz sem uma vírgula soprada pelas tais agências. Aliás, Luís Filipe Meneses não tem existência autónoma, ele é antes uma emanação dessas agências povoadas por profissionais de marketing bem-sucedidos que fornecem pedaços de comunicação, de história e muitas, muitas outras certezas que fazem com que pessoas como Menezes acreditem que conseguem ganhar eleições com um programa quase igual ao do PS, distinguindo-se dele apenas na forma e no timing de Comunicação...Brilhante!!!
Todavia, a única forma de levar as pessoas a contar a si mesmas a mentira da qual dependem, e a única forma de a sua ideia ser difundida é contar a verdade. Por vezes ela até se pode tornar verdadeira no decurso desse processo..
Sucede que as melhores histórias que os profissionais do sector contam até acabam por ser verdadeiras. O exemplo das reuniões da Nike são disso um exemplo, já que aqui, no sector empresarial, não se contam muitas mentiras a fim de enganar o público. Aqui a punição (financeira) dói mais por parte dos clientes e dos mercados. Não se pode prometer uns ténis que façam as pessoas dar uns pulinhos e depois os calcanhares ficam pregados ao chão. Em vez disso as narrativas contadas pelos homens das Agências de Comunicação procuram acreditar piamente nas histórias que narram, como se duma oração se tratasse, que passam a respirar 24H por dia.
Portanto, se "os Cunhas Vaz & Associados, LPM" e outros profissionais da comunicação pensam e vivem as suas próprias histórias - supondo que estão a meter umas petas aos destinatários dessas mensagens, eles estão, antes de mais, a mentir a si próprios. Pois é esta convicção que faz com que tudo funcione, sem ela a dedicação, a adesão entre Agência de Comunicação - Partido Político e a interacção entre aqueles agentes e os eleitorados que importa fidelizar - não cola à história que se pretende contar.
E quando a bota não bate com a perdigota temos o quê(?!) senão um Luís Filipe Meneses aos papéis procurando representar um papel que não é o seu e a igualizar o governo socialista em tudo quanto é relevante e estratégico para o desenvolvimento do País: Tratado Europeu (secunda o governo), nos impostos também, no Aeroporto é nim e wait & see...Quanto a Santana nem valerá a pena tecer comentários, com ele não há Agência de Comunicação que dobra a esquina de Sta Apolónia.
Com tanto seguidismo de Meneses relativamente ao Governo até dá vontade de pedir o regresso de MMendes - e em face disto não há Agência de Comunicação que aguente. A não ser que algumas delas - ou dos seus presidentes tenham pretensões a governar Portugal!!! Por vezes, lendo as croniquetas do Sr. Cunha Vaz fico com a sensação que ele desejaria ser PM!!!
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