Marques Mendes em linha com Fernando Nogueira. Estranhas simetrias, diferentes resultados
O que une estes dois homens feitos e maturados no cavaquismo? A constância, a perseverança, a solidez - embora com ausência de rasgo, mas muita determinação além de experiência política. Sucede que quando Fernando Nogueira perde o congresso para Zé das farturas barroso abandonou a vida política e foi trabalhar para a banca, creio que para o bcp em França. E de lá nunca mais veio fumo. Foi uma espécie de vingança por as bases do psd terem escolhido o maoista hoje convertido às regras do Consenso de Washington que faz o neoliberalismo selvagem e que torna refém a Europa dos EUA e dos mercados asiáticos.. Eis o legado de Barroso hoje à frente da Europa como mordomo dos 27. É bem provável, diante tamanho desaire, que MMendes tome medida equivalente e abandone definitamente a vida pública, pelos menos nos próximos anos. A advocacia de negócios, a ingressão no meio empresarial - donde não haverão de faltar convites, ser adjunto do Balsemão na Impresa, a docência na Escola do Isaltino na Univ. Atlântica (ou transatlântica) - as opções serão, certamente, múltiplas e variadas. No entanto, há aqui uma incerteza adicional que não tolheu o sucesso profissional de Fernando Nogueira, dado a conjuntura económica ser outra, ou seja, de crescimento constante. É que este facilmente se integrou no banco de Jardim Gonçalves, MMendes - infelizmente - reforma-se da política quando esse banco está nas lonas, passou por uma OPA frustrada (e ia sendo comido por aquele que pretendia opar), o que agrava as coisas para Mendes, que coabita num ciclo económico mundialmente recessivo. Para concluir diria: Mendes anda mesmo com azar: Barroso, Santana, Carmona, Sócrates - agora Meneses - todos lhe saem na rifa, talvez o melhor seja Mendes mudar-se de sacos e bagagens para a Cova da Iria e se plante no átrio de Fátima, percorra aquele campo aberto de joelhos, gatinhe frenéticamente, bata com a testa no chão como um autista, coloque 301 velinhas ao senhor, reza 128 pais nossos e regresse a Lisboa em 2009. Talvez aí - já com Santana e Meneses sepultados políticamente por Socas - Mendes tenha novamente a oportunidade para voltar a abrir as cancelas do partido da Lapa. Esperemos que com melhor sorte... PS: Dedico esta reflexão ao Fernando Nogueira, um senhor da política nacional.
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