domingo

Marcelo hoje "encavou" bem no PSD: um neologismo a reter na gramática política nacional

Hoje gostei de ver Marcelo, não tanto pelos materiais políticos previsíveis que ventilou relativos a essa moradia queimada que é o psd, mas pela introdução de um novo conceito no léxico político: "encavar". Ouviram bem, ENCAVAR!!! Até pensei que...
Desconheço o que Marcelo anda a ler, quais são as suas referências intelectuais de fim-de-semana, que companhias tem, mas confesso que estranhei esta gíria num programa já considerado um culto de Domingo. Mais a mais vinda de um "tio" de Cascais...
Seja como for, o analista acha que Mendes perdeu a liderança por não ter afrontado a linha política de SLopes, por não ter descolado nas sondagens, por ter perdido Lisboa para o PS, por ter manipulado a máquina partidária, por ter perdido o apoio dos barões, pois até Manela Ferreira leite lhe roeu a corda, etc, etc.
Tudo questões atendíveis numa casa em polvorosa.
Por momentos pensei que Marcelo militava no BE ou no PCP - sobretudo, desde que começou a frequentar a Festa do Avante na Amora/Seixal, e nada tinha a ver com o PSD.
Ficámos assim a saber que o "encavanço" de Marcelo aponta para uma hipótese (remota, claro está!!) que dá Meneses a ganhar em todos os tabuleiros: legislativas, europeias e autárquicas. Mas a cara e a convicção com que Marcelo o disse fez-me lembrar a cara do menino que rouba rebuçados na merceeria de bairro, come-os à frente do dono e diz que não tirou nada. Enfim..., marcelices!!!
Se calhar a culpada disto tudo é a Manela Ferreira Leite - que por não ter podido vingar-se no Zé Barroso quando este se pirou para Bruxelas - tirou depois o tapete ao Ganda Nóia. Que, segundo os astros de Marcelo, sairá da vida política e fará como Fernando Nogueira (digo eu) - quando perdeu o partido para Barroso e se pirou para França - trabalhar na banca.
Numa palavra: Marcelo é diferente de Pacheco Pereira, dado que não abandona o partido, mas ficando também não se percebe o que faz de útil.
Quanto a Meneses já se percebeu que não terá grande espaço de manobra nas grandes questões que irão balizar a agenda política nacional nos próximos tempos: referendo europeu, impostos e regionalização. E aqui Marcelo esteve bem, pois percebeu que Meneses converge com Socas nesta troika de questões, o que dificulta a diferenciação competitiva que Meneses procurará fazer na afirmação de políticas alternativas ao governo socialista.
Em face do exposto, e tomando por referência toda a produção analítica de fim-de-semana que Marcelo tem gerado na rtp acerca do PSD, diria que o maior "encavanço" (para recitar a sua terminologia) ao PSD foi aquele que ele próprio tem vindo a prescrever semana-a-semana ao partido da Lapa - hoje no meio dum vendaval.
Portanto, parabéns pelo encavanço Marcelo!!!
Uma palavra a Flor Pedroso: está cada vez mais bonita. O que esconderá aquele olhar maroto?! Será Marcelo um sedutor ou será que ela comporta dentro de si um "casanova" à séc. XXI?!
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Os amigos de Marques Mendes
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