segunda-feira

O real não existe, o que existe são simulações. Evocação de Jean Baudrillard

Este génio morreu há uns meses, provavelmente ainda não foi devidamente estudado e compreendido. Mas muitas das coisas que hoje aparecem e desaparecem encontram explicação na sua filosofia, no seu corpo complexo de ideias que legou à Humanidade: um crime como o de Madeleine, um conflito no Iraque (e a morte de Saddam), um evento desportivo, qualquer coisa que marca o tempo aparece e desaparece. Logo, a realidade já não é o que era em função da tecnologia e das percepções - que também foram interferidas pelos novos tempos.
Numa palavra: a importância de Jean Baudrillard é enorme, visto que hoje o imaginário passou a ser o alibi do real. Veja-se o caso do alegado crime de que Madeleine foi objecto. Ainda que tudo isto seja dominado por um mundo que observa o princípio da realidade. Ou seja, hoje o real tornou-se alibi do modelo num universo regido pela SIMULAÇÃO. Enquanto que o real é que se tornou na nossa verdadeira Utopia, mas que já não integra a ordem do possível.
Talvez por isto andemos todos um pouco perdidos nestes simulacros, cada vez mais reais.
Sugerimos uma leitura integrada com o post infra, relativo à rábula de Segoléne, ambos remetem para o universo da representação e do postiço - que hoje tolhe as sociedades (ditas) democráticas.

Baudrillard - La Disparition Du Monde Réel