As escolhas do Marcelo
Marcelo hoje esteve bem. Desde logo no comentário ao acordo do PS com o BE, cabendo a António Costa uma posição de liderança no partido e de virtual sucessor do PM, caso a questão se coloque a breve prazo, o que é pouco verosímel, dado que Sócrates ainda tem pela frente (para desgosto de Marcelo) um ciclo de vida político que se poderá distender por 2009-2013. Mesmo com o acordo com o vereador S.Fernandes a maioria inexiste, a minoria é que sairá reforçada, de tudo esperemos que resulte um bom negócio - acima de tudo - para os lisboetas - porque o ambiente de instabilidade, corrupção e de sistemática paralisia já o conehcemos bem do tempo do sr. engº carmona Rodrigues que era, consabidamente, teleguiado por MMendes a partir da Lapa. Até há quem diga que sempre que Carmona se levantava para ir ao WC uma lusinha vermelha acendia ao mesmo tempo no telemóvel e na secretária de MMendes. Quanto à ideia de Marcelo entender tratar-se de um balão de ensaio para as "nacionais" permito-me discordar: pois nem Sócrates está a prazo em S. Bento, nem A.Costa está com uma perna em Lisboa e outra em S. Bento. À semelhança de S. Lopes - que veio da Figueira para Lisboa, e daqui para S. Bento e de S. Bento para o relento, onde hoje se encontra - com uma passagem pela EDP como consultor de energia. De energia!!! vejam só... Infelizmente, Sampaio também interrompeu a gestão da CML para se candidatar a Belém, e Durão fez o que fez, e foi mais grave.
Regressemos a Lisboa: bem sabemos que essa era a prática vigente ao tempo de Carmona, pois sempre que este tinha de decidir algo primeiro ia tomar o chá das 5 à São Caetano Lapa e pedir o devido endosso a MMendes para tomar a decisão, e às vezes eram decisões estranhas relativas a empresas municipais, e outras mais..: aqui desconhecemos se entra a Somague... Mas o que é facto é que actualmente - quer em S. Bento quer na CML - é útil haver alguma estabilidade nos comportamentos dos agentes políticos e consequente previsibilidade, sem eles também não há liderança, projecto e governabilidade municipal que aguente.
Quanto à Zezinha (por reporte ao affair "Chinatown") e à conduta de pugilato de Filipe Socolari - já aqui os comentámos, e como Marcelo nada disse de relevante ou de excepcional a esse propósito - ambas as condutas devem ser censuradas, por razões tão distintas quanto óbvias. Por momentos, até pensei que Filipe Socolari estava no Largo do Caldas a fazer o papel de PPortas ao socar a Zézinha pelas Costas...
Agressão que nunca a Zezinha chegou a provar, e mais: o alegado agressor de Zezinha no Largo do Caldas (e também deputado do cds/pp) veio depois desmentir Zezinha referindo tratar-se de insinuações racistas, dado que o putativo agressor tem étnia indiana. Será por isso que Zezinha agora resolveu fazer o transfer - e vingar-se nos chineses que, apesar de tudo, com eles ou sem eles a Baixa - se nada de estrutural for feito - acabará por definhar. A não ser que a zezinha nos venha impingir a ideia que a Loja das Meias foi ao ar por causa da concorrência das lojas chinesas... O que não deixa de ter a sua graça, pois nem quero imaginar que as amigas da zezinha deixaram de comprar a sua meia, o seu soutien, a sua lingerie e demais artefactos da intimidade feminina porque os foram comprar às lojas dos 300 made in China. Enfim, esta é mais uma curiosidade etnográfica com cheiro a fashion-Lisbon da lavra de zezinha.
Neste contexto, será que Zezinha deverá tomar posse para o cargo municipal que está indigitada, ou aguardar até 2009 para se candidatar à CML - quiça com o apoio de Marcelo, o seu marido Jaime Nogueira Pinto, da Prelatura do Opus Dei do Campo Grande, do Paulo teixeira Pinto hoje no exílio dourado (com uma reforma milionária) e alguns relojoeiros da Baixa, especialmente os representantes de marcas mais afamadas que aqui não cito para não fazer Pub. negativa às marcas concorrentes.
Fica a questão. Quanto à dupla MMendes e LFMeneses acho que já dissemos tudo, ou seja, Nada. Porque, de facto, aqui nada há a dizer, salvo a discussão das quotas, do cata-vento, da censura à rtp e dos debates e da dimensão política que MMendes desejaria ter, pensa que tem mas, na realidade, nunca virá a ter.
Hoje nem o porteiro da Lapa acredita em nenhum dos candidatos à liderança desse albergue espanhol que responde pelo nome PsD. E é pena, porque o partido de Sá Carneiro faz falta em Portugal, seja na oposição (credível) seja também no poder - quando o PS merece estar na oposição. Quanto às companhias femininas e às metáforas que as irmanam, confesso aqui estar mais próximo de António Vitorino quando ironizou com a bela Angelina Jolie do que de Marcelo irmanado com MMndes ou até com a própria Manela Ferreira leite que, além de meter medo ao susto - assusta a própria economia, e a sua obsessão pelo défice no consulado Zé Barroso foi disso um indicador lamentável na economia e na política em Portugal. A história ainda não julgou essa camarilha. Mas fa-lo-á em breve...
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