Aviões, Ota e deserto
Tinha vaticinado uma desgraça para o debate sobre a melhor localização para o aeroporto no Prós e contras da RTP, mas enganei-me. Os intervenientes debitaram argumentos e teorizações com muito nível - de ambos os lados, e no final falou um piloto reformado que mandou a Ota definitivamente para fogueira, e bem. Eu se fosse piloto também não gostaria de voar em corredores aéreos entalado entre montanhas macacas, especialmente quando o poderia fazer em condições ideais de céu aberto noutro local do país. Portanto, por razões de segurança - a margem Sul, perdão, o deserto de Mário Lino, parece uma opção mais realista e económicamente competitiva. Para desfeita deste...
Também gostei de ver Eduardo Catroga - a driblar a cadeira, pensei até que tivesse alguma ferida na zona retal, mas excusava ser tão efusivo, repetitivo e, por demais notório, parecia o porta-vox de Belém para puxar as orelhas ao governo nessa matéria. Catroga, pasme-se, parecia estar na tourada no Campo Pequeno, foi ao ponto de dizer que já tinha dito ao secretário de Estado e ao ministro das "Obras estranhas" - que deveriam inverter o método e aprofundar os estudos, ou melhor, fazer o Estudo dos estudos.
Só espero que não encomendem esse Estudo ao arqº Tomás Taveira (o das Amoreiras...), senão ele ainda rebenta com o trazeiro aos aviões, lixando a fuzilagem e tudo, e depois o erário público vai à falência só para concertar as turbinas, equipadas com motores Rolls Royce, mais caros do que os Fiat em 2ª mão.
Enfim, haja saúde.. Mas não estou a ver o Socas a mudar de agulhas da Ota para Alcochete para aí construir o novel aeroporto. Amanhã lá teremos o xé-xé do Almeida santos, o da "descolonização exemplar", a dizer, desta vez, que é ele em pessoa que vai colocar umas bombinhas nos alicerces da Ponte Vasco da Gama só para provar que Alcochete também é uma má solução.
Por causa do terrorismo de Almeida Santos, já se vê... É por isso que eu só muito raramente ando de avião. Mando mails..
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