segunda-feira

Séneca é outro pilar, mais pesado

SÉNECA
Aqui há uns anos quando perguntaram ao actual presidente da AR, Jaime Gama (que hoje diz apoiar fujão barroso para um 2º mandato em Bruxelas, que tragédia...) que livros lia e se nesses intervalos costumava ouvir as croniquetas do Marcelo de sousa, respondia sempre que só se interessava por homens de pensamento mais denso e mais profundo. Pois viu-se, quando o maior traidor político post-25 de Abril regressou às escadarias de S. Bento quem é que o dito Gama apoia: o denso e o profundo do cherne...
Mas adiante. Gama, para a fotografia, dizia que preferia Séneca a um Marcelo,e como hoje é o Dia Mundial do Livro aqui deixo mais uma outra sugestão de Séneca - quando este redigiu alguns tratados filosóficos, entre os quais os Consolationes (Consolos), onde se defende, estoicamente, a renuncia aos bens materiais e a busca da tranquilidade da alma consolidada por via do conhecimento e da contemplação.
O problema reside no facto de com esses valores nem os livros do Séneca conseguimos comprar. Pergunto-me se, por momentos, a história da humanidade não beneficiaria com um regresso, ainda que momentâneo (só para teste), da economia de escambo - em que os homens trocavam os bens de diferente espécie uns pelos outros segundo o princípio da necessidade, naquela fase que precedeu a circulação geral da moeda. A mesma que hoje nos tolhe e atrofia sob as regras teleguiadas da globalização predatória alavancadas pelo Consenso de Washington.
Gostaria muito de saber que comentários hoje seriam tecidos por Séneca a este respeito. Provavelmente, diria o mesmo que Gama disse de Barroso...