segunda-feira

Terrorismo

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Al Qaeda preocupa secreta espanhola
Os serviços secretos espanhóis comunicaram ao Governo a sua apreensão sobre a actividade da Al Qaeda em Espanha e em França após os ataques de Março e Abril em Casablanca (Marrocos) e Argel.
A Al-Qaeda no Magrebe «dispõe de uma rede de militantes no território espanhol, onde são cada vez mais activos e perigosos», escreve esta segunda-feira o diário El Pais, acrescentando que «a França e a Espanha são os dois países mais ameaçados e mais infiltrados por estes grupos».
Para enfrentar esta ameaça, a polícia espanhola reforçou a sua colaboração com a Argélia e aumentou os controlos de vigilância marítima no Estreito de Gibraltar, de acordo com o jornal.
Os relatórios dos serviços segredos são «prudentes, mas não afastam nenhuma possibilidade, assinalando o risco mas especificando não ter sido até agora detectado qualquer plano concreto destes grupos para perpetrar atentados em Espanha», acrescenta o El Pais.
Madrid rejeitou em meados de Abril qualquer alarmismo, afirmando que três anos após os atentados de 11 de Março de 2004 em Madrid (191 mortos), o Executivo «nunca baixou a guarda perante o terrorismo islamista» e que combatê-lo é uma «prioridade absoluta».
A Al Qaeda no Magrebe reivindicou o duplo atentado que causou 33 mortos e mais de 200 feridos em 11 de Abril em Argel. Na sua reivindicação, o grupo terrorista advertiu que a Espanha é um território que terá de voltar ao domínio muçulmano, devido à ocupação mourisca de uma parte da península ibérica entre os séculos VIII e XV.
Adenda:
Mas o forte traço de identidade entre ambos os casos resulta, sobretudo, do enorme risco de segurança que representaria, para a Europa em especial e para o mundo ocidental em geral, um Magrebe alinhado com o fundamentalismo islâmico e do efeito de contágio que tal radicalização produziria junto das importantes comunidades desses países presentes em vários países europeus.A alternativa consiste em aprofundar a integração do Islão político num quadro de referência democrático e pacífico. Esse o objectivo que pode e deve ser apoiado prioritariamente pela futura presidência portuguesa da União Europeia, tanto em relação aos países do Magrebe como quanto em relação ao Médio Oriente. (link ao artigo de António Vitorino no Dn, Aqui tão perto!).
Ver aqui o nosso comentário e esse mesmo artigo.