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Obs: O sublinhado é nosso. Mais uma peça de sociologia do conflito ou de polemologia que António Vitorino nos deixa e que merece reflexão atenta. Tanto mais que o Ocidente chegou à vitória final graças ao mercado, à economia, à sua tecnologia - mas, paradoxalmente, é essa mesma globalização (mercado+tecnologia+economia) que se torna no principal alvo daquele radicalismo bombista que acaba por ser o método de fazer política para aquelas células terroristas mais ou menos obedientes à
Al Qaeda. Seja como for, agora a coisa fia mais fino, porque - como refere o título do artigo de AV -
AQUI TÃO PERTO - diz tudo.
Acresce que até no plano psicológico as pessoas procuram no fundamentalismo a segurança contra a ausência de referências, e como esse mesmo fundamentalismo não dispõe de formas de condução competitiva para desencadear essa compita com o Ocidente "taco-a-taco" - só lhes resta recorrer ao terrorismo para destruir a modernidade que, afinal, eles queriam para eles próprios desde que realizada à sua maneira e sem a influência do Ocidente.
Se pensarmos bem nas motivações desta política de terrorismo selectivo que se está a aproximar das nossas portas verificamos que esse islão fanático não dispõe de risco, de factores de competição nem de factores de dominação ou de capitalização sobre o Ocidente. Não mandam no dinheiro nem nas taxas de juro, o petróleo que têm está "arabizado", logo sob influência directa norte-americana, não têm tecnologia - (importam quase tudo), não são empresarialmente empreendedores/competitivos no mrcado global. O que mais lhes resta senão a política da bomba e a exportação da violência e do terrorismo em rede, cada vez mais desterritorializado/globalizado pelo Rizoma!?
O problema é agora o cerco aperta-se, por isso dizemos, talvez até um pouco egoísticamente:
Aqui tão perto...
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