quarta-feira

Le monde diplomatique. Reflexão...

A era da Comunicação Compartilhada

E se a resposta aos grandes conglomerados da mídia forem redes de cidadãos dispostos a ser mais que simples consumidores de informação?
Estamos condenados a um mundo onde a comunicação será cada vez mais concentrada, mais submetida ao poder econômico e, portanto, mais atomizante e... incomunicativa? Embora capitalista até a medula, a revista britânica The Economist acaba de admitir que a resposta é não. Na edição de 20 de abril, ela dedicou um estudo especial [1] de sete matérias ao que chamou de emergência da “comunicação personalizada e participativa”.
O estudo vê na internet – e em particular nas novas ferramentas que permitem compartilhar conteúdo, como wikis, blogs e podcasting – o início de uma revolução semelhante à desencadeada em 1448, quando Johannes Gutenberg inventou a imprensa de tipos móveis. Nos novos tempos, prevêem os textos, “ao invés de um punhado de gigantes ultra-capitalizados da mídia, disputando entre si, haverá pequenas empresas e indivíduos, competindo ou, mais freqüentemente, colaborando uns com os outros”.
Em algumas semanas, estará pronto o projecto de viabilização do Le Monde Diplomatique Brasil. Suas bases estão definidas. Ele aposta na possibilidade de constituir uma rede de cidadãos e organizações empenhadas em uma nova comunicação. Ela estimulará a produção, publicação (especialmente via internet) e debate de textos que permitam compreender em profundidade o país, seus problemas e os meios de superá-los.