Uma boa notícia: há petróleo na Costa Alentejana...
300 milhões para pesquisa de petróleo no Alentejo (link, in dn)
"O consórcio liderado pela australiana Hardman Resources e participado pela Partex e pela Galp, que assinaram quinta-feira três contratos com o Estado português para pesquisa e exploração de hidrocarbonetos em águas profundas ao largo da Costa Vicentina, irá investir mais de 300 milhões de euros na fase inicial, de oito anos, caso os estudos feitos nos primeiros quatro indiciem que vale a pena avançar para as perfurações, disse ao DN o director-geral de Geologia e Energia, Miguel Barreto. Se for descoberto petróleo, o Estado ficará com royalties de 7% sobre o barril de crude.
O mesmo responsável explicou que por cada contrato estão previsto dois furos obrigatórios após os quatro anos de trabalhos e cada furo pode representar um investimento de 50 milhões de dólares, cerca de (38,5 milhões de euros). Costa e Silva, presidente da Partex, contactado pelo DN não revelou valores, nem pormenores do contrato, mas admitiu que um furo em águas profundas pode rondar aquele valor.
Na sexta-feira passada, em declarações ao Jornal de Negócios Online o administrador da Galp Fernando Gomes dizia que nos primeiros quatro anos o consórcio iria investir cerca de 26 milhões de euros, basicamente em estudos. Só depois desta fase é que as petrolíferas tomarão a decisão de continuar os trabalho de pesquisa por mais quatro anos ou não, adiantou.
Recorde-se que os três contratos assinados atribuem direitos de exploração em três áreas distintas, localizadas no mar, designadas Gamba, Lavagante e Santola, totalizando uma área de 9000 km2.
São os primeiros contratos assinados em Portugal para pesquisa e exploração de hidrocarbonetos na costa portuguesa ao fim de muitos anos, sublinha Miguel Barreto. E deles resultarão os primeiros trabalhos de pesquisa em águas profundas feitos no País, já que outras adjudicações, feitas nos anos 70 e 80, visaram apenas a prospecção na orla costeira, ou seja em águas pouco profundas, ou em terra.
Mas há mais interessados na exploração de petróleo em Portugal. O consórcio formado pela Repsol e pela alemã RWE e um outro liderado pela brasileira Petrobrás e também participado pela Galp e pela Partex propõem-se desenvolver trabalhos do mesmo género na costa portuguesa, mas ainda não existem contratos celebrados com o Estado (ver caixa em baixo). Mas para além destes, há mais empresas estrangeiras interessadas na prospecção em Portugal.
Para já, o Estado fez esta adjudicação directa, mas admite que, se houver interesse de muitas empresas, poderá abrir concurso para determinadas áreas. Os contratos a celebrar não irão diferir muito dos agora assinados e que já asseguram contrapartidas para o Estado caso de venha a verificar a existência de petróleo ou de gás em quantidades e em condições de exploração rentáveis (ver caixa ao lado)."
Obs: Dantes, numa peça de Raul Solnado, salvo erro, dizia-se que havia petróleo no Beato, hoje, se as explorações iniciais correrem bem, poderemos dizer que há petróleo em Porto Covo...Todavia, para que tal se possa dizer há primeiro que fazer avultados investimentos, que vão muito para além de uns baldinhos e de umas pazinhas de plástico para fazer castelos de areia. Se tivermos esses hidrocarbonetos e os explorarmos e consumirmos segundo regras e padrões ambientais tanto melhor, diminuirá a nossa dependência energética, protege-se o ambiente e, com sorte, ainda pagamos os combustíveis mais baratos. Mas isto é coisa que, a funcionar, nunca estará em andamento antes de 2015, e com muita sorte e muitas rezinhas dos alentejanos que agora terão de virar o rabo - não para Meca - mas para o seu mar territorial.
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