sábado

Uma heresia do nosso tempo: os crimes ambientais

Nota prévia:
Muito curiosamente toda a definição da política externa, da política económica e social passa por este think thank neoconservador, o mesmo que hoje paga ou tenta subornar cientistas a questionar as suas próprias conclusões acerca dos resultados a que chegam em matéria de desequilíbrio ecológico no planeta. Bush, por sinal, subscreve tudo isto e nada do que alí é pensado, dito ou feito - ainda que não compreenda metade - é feito à sua revelia. Basta ver os nomes que alí pontificam para se ajuizar do conúbio de toda esta situação de corrupção sobre cientistas que procuram fazer um trabalho isento e honesto acerca dos desequilíbrios ecológicos e das ameaças e perigos que daí resultam para a humanidade. Richard Perle, Joshua Muravchik, Michael Rubin, e, claro, o padrinho intelectual que até já esteve na Universidade Católica: o neocon Irving Kristol... É, muito coincidentemente, também esta gente que empurrou a América de G.W.Bush para a guerra do Iraque e transformou todo o Médio Oriente numa bola de fogo que hoje todos conhecemos, ainda por cima com o Irão a emergir como superpotência regional ante a falibilidade do Iraque.

PS: basta reparar na cara daquele mentiroso para perceber aquilo que ele é: um grande mentiroso, aqueles olhinhos fechados daquela forma representam tudo menos uma reza autentica. Mais valia que rezasse de olhos abertos, assim como assim ninguém iria acreditar nele na mesma.

O COSA NOSTRA DA ADMINISTRAÇÃO g.w. BUSH

Petrolífera pagou para pôr em causa relatório do IPCC (link) O American Enterprise Institute (AEI), centro de estudos conservador financiado por uma das maiores petrolíferas do mundo, a ExxonMobil, ofereceu 10 mil dólares (cerca de 7,7 mil euros) a cientistas e economistas para que ponham em causa o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
Segundo a edição de hoje do jornal britânico The Guardian, o grupo, financiado pela ExxonMobil e com estreitas ligações com o Governo de George W. Bush, ofereceu dinheiro aos autores de artigos para que apontem erros do relatório, que alerta para um aumento da temperatura global de entre 2 e 4,5 graus até ao final do século.
O American Enterprise Institute recebeu mais de 1,6 milhões de euros (cerca de 1,22 milhões de euros) da companhia petrolífera norte-americana, e mais de 20 pessoas da sua equipa trabalharam como assessores para o actual Governo.
O ex-presidente da ExxonMobil Lee Raymond é actualmente vice-presidente daquele centro de estudos.
Cientistas britânicos e norte-americanos receberam cartas do AEI nas quais era oferecido dinheiro por artigos que questionassem o relatório do IPCC, afirma o jornal.
As cartas acusam o grupo intergovernamental que elaborou o relatório de resistir às «críticas racionais» e de «chegar a conclusões precipitadas e insuficientemente apoiadas no trabalho analítico».
David Viner, da Seção de Pesquisas Climáticas da Universidade de East Anglia, classifica a iniciativa do instituto como «tentativa desesperada de uma organização que quer confundir as provas científicas em benefício de seus objetivos políticos».
As cartas foram enviadas por Kenneth Green, colaborador do AEI, que confirmou que a organização pediu a cientistas, economistas e analistas que sublinhassem os pontos fortes e fracos do relatório.
Segundo Ben Stewart, da organização ambientalista Greenpeace, o American Entreprise Institute é algo mais que um «centro de estudos», já que funciona «como a Cosa Nostra intelectual da Administração Bush».
Na segunda-feira, outra organização financiada pela Exxon e com base no Canadá publicará em Londres um estudo que questiona o relatório intergovernamental.
Entre os autores desse estudo encontra-se Tad Murty, um ex-cientista que nega que a actividade humana tenha algo a ver com a mudança climática.
O relatório do IPCC sustenta que há aproximadamente 90% de probabilidades de que o aquecimento do planeta ocorra principalmente devido à acção humana."
Obs: Dê-se conhecimento desta situação a António Vitorino que além de grande especialista em imigração também é um grande conhecedor em matéria ambiental, e com o equilíbrio do planeta não se brinca. Especialmente, porque o que afecta a América pode afectar Portugal, pois que se saiba os ventos, as marés ainda não pagam taxas para a sua mobilidade e não conhecem fronteiras para os seus desastres ecológicos.