domingo

Politiquices à portuguesa: dois revogáveis da política lusa

DE QUEM TEM MEDO DE ELEIÇÕES INTERCALARES NA AUTARQUIA DE LISBOA??
Um comunista de gravata vermelha, seria a resposta mais expedita!!! Só poderia ser o "arquitecto" comunista do poder local na Capital: o homem da kúltura e das artes, e também das luzes psicadélicas que deveria ter vergonha por integrar um partido estalinista que utiliza métodos verdadeiramente anti-democráticos na deposição dos seus autarcas, eleitos democráticamente, como ocorreu o ano passado em Setúbal, ou como sucede hoje com a perseguição política que o partido do sr. Ruben move à deputada Mesquita... Parece até que dentro daquela cabeça dura não aconteceu a queda do muro, desconheceu o fiasco do comunismo a leste e todas as perversidades da praxis comunista no partido mais retrógrado da Europa: o partido do sr. Ruben. É este player que aparece hoje quase de mão-dada com Carmona, dizendo à turba: as eleições são capazes de não ser a melhor opção... Estaria ele a pensar - como o seu camarada Jerónimo!!! - numa deposição sumária?
Sempre que se equaciona a possibilidade de eleições antecipadas na Capital, em resultado do clima de corrupção e de ingovernabilidade gerado por este executivo psd, o Sr. Ruben de Carvalho, com assento na Sic e no DN, qual pastor evangélico que mais parece querer converter o mundo numa Festa do Avante permanente, lá está ele na esquina na câmara a ser filmado, naquele seu enfadonho e monocórdico tom, contemporizando, adiando com paninhos quentes a actual situação de podridão a que chegou este executivo de Carmona. Isto é deveras estranho, pois o vereador comunista deveria ser aquele que mais se devia bater por eleições intercalares, e não o primeiro a contemporizar com Carmona neste reino da Dinamarca que converteu Lisboa numa lixeira a céu aberto. Por que razão, então, este paradoxo tem lugar, e logo vindo dum comunista, por regra, revolucionário por natureza?
Não vamos aqui explicitar o talento meio brujesso que o sr. Fontão tem para mentir, ou para ocultar que era arguído por causa do lastimoso caso Epul (no qual se atribuiu verbas indevidamente), aqui o que urge saber é quais os factores que calam Ruben de Carvalho, parte do PS e algum cds, já que o BE é o único partido que reclama essa opção. Terão eles medo de quê? De quem? Porquê?
Será medo de Carrilho, trucidado em campanha pela máquina do psd, além de que a sua personalidade cola mal aos lisboetas; propôr o nome de To-Zé Seguro é assim a modos que mandar o porteiro da PT negociar com Belmiro as condições da OPA; desconhece-se que candidato o PCP terá caso haja eleições intercalares, e não creio que o nome de Ruben reflicta alguma mais-valia, que só creio existir na organização da Festa do Avante e na inclusão nela de grupos terroristas e doutros vândalos que por lá passam. O ano passado, recorde-se, Marcelo rebelo de Sousa também lá aportou, em vez de mandar outro mergulho no Tejo.
Dito isto o cenário não me parece animador para a oposição ao PSD em matéria de poder local em Lisboa. Nesta conformidade, colocar-se-á inevitavelmente a questão: quem é que o PS e PCP irão apresentar como cabeça de cartazes nessas eventuais eleições intercalares? Tanto mais, e por paradoxal que seja, é o PSD o partido que, neste momento, melhor candidato tem para ganhar novamente as eleições. Eis o paradoxo.
Apesar de loira, Paula Teixeira da Cruz não é própriamente lerda, antes pelo contrário: é combativa, assertiva, tem traquejo político, comunica de forma fluída e fica bem on tv, esteve bem no referendo ao aborto - demarcando-se do "nim" de MMendes -, ou seja, é alguém com capital político, é mulher de Paulo Teixeira Pinto, é destemida e ambiciosa, e afigura-se como o rosto potencialmente vencedor caso a opção seja a de fazer eleições intercalares.
É por estas razões que o sr. Ruben revela o esplendor do seu cinismo e hipocrisia, querendo fazer-nos a todos de idiotas. Quando o que efectivamente se passa é uma coisinha simples: o organizador da Festa do Avante deveria ter mais cuidado com o que diz aos lisboetas e aos portugueses, é que ele não pode nem deve medir o que pensa pela bitola afunilada da Soeiro Pereira gomes onde ele se formatou, num partido que expulsa, humilha, trucida e que, de súbito, abandona os seus correlegionários quando deixam de interessar ao pcp.
Confesso que fico sempre muito enjoado quando vejo o sr. Ruben no écran do meu televisor, e quando começa a falar tenho de desligar o som. No fundo, o seu cinismo colado à sua hipocrisia dão a mediana da sua idiotia política. E enquanto procura ocultar a estratégia-de-ganha-tempo do seu partido estalinista os portugueses, todos eles, já perceberam bem de quem é que o intelectual orgânico do pcp tem medo: de Paula Teixeira Cruz.
Antes ela do que MMendes...
  • Vejamos agora outro acidente político:
  • Obs: aqui não há nada a dizer, porque nada a fazer. Trata-se dum caso perdido!!!