O grande Voltaire: sabia-a toda, pela Ironia e pela Lógica
[...] depois do jantar [...] Cunegundes e Cândido encontraram-se atrás de um biombo. Cunegundes deixou cair o lenço. Cândido apanhou-o; ela segurou-lhe inocentemente a mão; o jovem beijou-lhe inocentemente a mão com uma vivacidade, uma sensibilidade, uma graça, muito particulares; as bocas encontraram-se, os olhos inflamaram-se, os joelhos tremeram, as mãos desatinaram. O sr. Barão de Thunder-ten-tronchk passou ao pé do biombo e, vendo esta causa e este efeito, expulsou Cândido do castelo aos pontapés no rabo. Cunegundes desmaiou. Quando voltou a si, foi esbofeteada pela Sr.ª Baronesa e houve uma grande consternação no mais belo e agradável dos castelos possíveis.
Bom e foi assim que começaram as desventuras de Cândido, que numa forçada peregrinação pelo mundo escalou em Lisboa e ainda teve tempo para se surpreender com o Terramoto de Lisboa, tomar chá com o Marquês - que adorava os judeus - , passar pelo estádio da Luz e afagar a Águia e pagar as quotas, comprar preservativos ao C.C.Colombo e depois partiu em direcção aos Azores - para chegar à América, porque tinha lá rendez-Vou marcado com o Alexis de Tocqueville. Ora, como escalou nos Azores e com aquela cabeleira, temo bem que a Eurodeputada Ana Gomes, da Europa, o tenha confundido com um US Marshal a sovar dois terroristas que ali faziam xi-xi - debaixo da asa esquerda do aviaõ da CIA - com destino a Guantanamo com gado bovino lá dentro.
É isto que o Sr. PG. da Repúbica terá de apurar e divulgar ao mundo através da sua vitrine cosmopolita. Já sabemos que o dito não usa blogues, porque detesta cartas anónimas e, e como não gosta de cartas anónimas também detesta blogues. E, para que conste, ele tem uma Senhora que lhe faz o trabalho...
PS: post dedicado ao Voltaire, hoje a braços com um processo na Justiça lusa por ter, alegadamente, sovado dois terroristas sob a asa dum avião enquanto fazia xi-xi...
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