segunda-feira

Lisbon Brokers fez o trabalho de casa

Monteiro de Barros diz que não foi contactado pela CMVMO empresário Patrick Monteiro de Barros afirmou hoje, em declarações ao Expresso online, que não foi contactado pela CMVM no âmbito da investigação por suspeitas de informação privilegiada na compra de acções do BCP e BPI, antes do lançamento da OPA. De acordo com a edição de hoje do Expresso, a Procuradoria-geral da República (PGR) está a investigar o empresário por suspeitas de informação privilegiada na compra de títulos dos dois bancos, 3 dias antes do BCP ter lançado uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre o BPI.
«A CMVM [Comissão de Mercado de Valores Mobiliários] nunca me contactou sobre este assunto e, se o tivesse feito, certamente chegaria à conclusão que tudo se passou de uma forma regular», afirmou Monteiro de Barros, numa entrevista ao Expresso online.
Segundo o jornal, a corretor Lisbon Brokers publicou uma análise a 9 de Março de 2006, quinta-feira, sobre o sector bancário português, assinada por John dos Santos, que aumentava a recomendação sobre as acções do BPI de «comprar» para «forte compra».
Na sequência desta análise, no dia seguinte, a 10 de Março, foram transaccionados três grandes lotes de acções, que foram vendidos na segunda-feira seguinte (13 de Março, dia em que o BCP lançou a OPA), gerando grandes mais-valias, que num dos casos terá atingido um milhão de euros.
Entre os investidores estava Patrick Monteiro de Barros.
Em declarações ao Expresso online, o empresário manifestou «tristeza em verificar que processos elaborados pela CMVM e pela Procuradoria-geral da República sejam do conhecimento dos meios de comunicação social antes dos próprios interessados, o que põe em causa a credibilidade, independência e funcionamento destas entidades, sem falar do segredo de justiça».
O empresário afirmou estar «perfeitamente tranquilo» sobre o assunto, concluindo: «Podem fazer as investigações que quiserem, pois sou daqueles que acreditam no respeito das leis».
Monteiro de Barros confirma que fez um investimento nas acções do BPI no período em questão, mas também no BCP e em empresas de outros sectores em 2005 e 2006.
Sobre a relação com a Lisbon Brokers, o empresário explicou que trabalha com a corretora «há vários anos» e que esta foi responsável por todas as suas operações de bolsa em Portugal.
Monteiro de Barros acrescentou que a Lisbon Brokers faz as operações em seu nome e não em sociedades nacionais ou offshores.
Sobre o motivo pelo qual investiu no BPI em Março de 2006, o empresário esclareceu que já tinha feito várias operações com os títulos do BCP nos meses anteriores. «Tomei esta decisão de investir no BPI, mas também em simultâneo no BCP, com base num research publicado dias antes da OPA pela Lisbon Brokers sobre todo o sector bancário português e que, efectivamente, alterou a recomendação de buy para strong buy. As recomendações da Lisbon Brokers pela via dos seus researchs têm sido excelentes», salientou.
A agência Lusa contactou Patrick Monteiro de Barros para obter declarações sobre o processo, mas o empresário remeteu as suas respostas para as da entrevista concedida ao Expresso online.
Diário Digital / Lusa
Obs: Veremos no que irá dar esta investigação da treta desencadeada pela CMVM e alguma imprensa e a PGR, especialmente num País em que são os pastores da ilha de S. Miguel que dão informações à Eurodeputada Ana Gomes que vai logo a correr fazer queixinhas a Pinto Monteiro para abrir um inquérito sobre os alegados terroristas seviciados pelos US Marshal numa escala dos Açores; os casos de disputa de posse de paternidade só são julgados pelos tribunais quando os problemas caem na praça pública e a mediacracia pressiona os tribunais a mostrar serviço; agora temos este alegado caso de inside information, pois bem! Que se investigue, verão uma mão cheia de nada, pelo perfil da operação duas notas adianto: a Lisbon Brokers fez o TPC e Patrick é um empresário de sorte. Um dia terá de nos mostrar como é que se fabrica essa sorte e, quiça, nesse processo talvez possa ser também generoso com os portugueses e o seu País. Muito provavelmente se eu dissesse para investirem nos meus futuros pensamentos é que ninguém investiria. E, no entanto, que eu saiba, o que me vai dentro da cabeça também é inside information...