Três estórias, três retratos duma Lisboa decadente e decrépita: uma conclusão

Este senhor já anda a ficar mal na fotografia há muito tempo. Talvez desde que foi lançado por sLopes para aparar os seus golpes aquando da sua extemporânea entrada no governo da República - na sequência da inqualificável fuga de fujão barroso para Bruxelas. É esta sucessão de desastres que transforma Portugal numa caricatura política. O que faz com que o próprio Carmona já não seja ele, posto que está irreconhecível. Ou seja, ele já foi atravessado por um hibridismo de representações sociais e políticas verdadeiramente descaracterizantes da sua própria identidade: o erratismo desesperante de MMendes (que o telecomanda), a clássica incompetência de sLopes (que é patológica e o persegue como uma sombra) e o atavismo (inerente) de carmona (que é congénito). Tudo agora se confunde nele, como três raios, qual espécie de Pulónio 210 que o vai matando (politicamente) aos poucos, diante da impotência dos médicos.

Vejam-se algumas dessas consequências autárquicas...

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carmona Rodrigues, reuniu com o vereador socialista Dias Baptista e “ofereceu ao PS pelouros e/ou a manutenção dos lugares nas empresas municipais, como EPUL, GEBALIS e nas três SRU”, segundo revelou ao CM fonte da Comissão Nacional do PS. Carmona e Dias Baptista desmentem o encontro. Mas funcionários da Câmara garantem que ele realmente existiu.

Obs:

A práxis política de carmona Rodrigues, actual autarca em Lisboa, bem como a sua noção de política já começam a fronteirar aquilo que há dias aqui classificamos de nojo político (ou nojo na política). Também por comparação aos arranjos e entendimentos fugazes do actual líder do psd com o Al berto j.jardim, depois deste o ter humilhado várias vezes publicamente. Acho que só não lhe chamou - "caga-tacos" - em público. Será que Portugal é a Sicília, como aduz oportunamente o Jumento?! Exploremos essa hipótese...

Ora, do pouco que conheço dessas estórias a Máfia representa uma ideia de opressão, de arrogância, de ganância, de enriquecimento próprio, não é um conceito autárquico exclusivista de Lisboa. É mesmo uma organização criminosa, regida por regras não-escritas, mas inexoráveis e implacáveis, como em tempos explicou o magistrado Cesare Terranova. Mas é óbvio que o desnorteado do sr. Carmona - que nenhuma vocação tem para a política e embarcou num logro - não anda pra aí a ameaçar pessoas, fazendo sequestros, roubos, matando e esventrando inocentes, vendendo gato por lebre, impondo as suas regras não-escritas de segurança aos estabelecimentos comerciais que operam na 24 de Julho.

Não andando, naturalmente, a fazer nada disto às pessoas - leia-se - aos habitantes de Lisboa - já me questiono o que é que o dito andará a fazer aos destinos urbanísticos da cidade de Lisboa (par hazard a Capital do País), senão isso mesmo: adiando obras, propondo a construção doutras sem acautelar devidamente o bem comum, corrompendo e esbanjando os dinheiros públicos através da rede de cunhas e de assessores e vereadores que teve de empregar para pagar favores políticos, metendo na sua vereação gente completamente desqualificada (apenas por ter o cartão do psd e ter andado a colar cartazes ou ter integrado secções de voto do psd em Lx e arredores), permitindo a realização de obras sem alvarás e o pagamento das devidas licenças camamárias (exigidas aos demais munícipes e cidadãos) - como no caso do empreendimento da Infante Santo (e muitos outros com menor exposição mediática). Situação denunciada pelos próprios moradores e depois sancionada pelo Tribunal Administrativo que apontou dezenas de irregularidades que justificavam, só por si, a perda automática de mandato. Ante isto, o que é que sucede? Nada.

Temos o senhor carmona desesperado, mostrando as suas bexigas à cidade de Lisboa - como se elas fossem a metáfora maior dos buracos epidérmicos que a cidade sofre nas suas avenidas, ruas, praças e pracetas... Eis o legado do sr. carmona: destruindo exemplarmente o que resta da cidade de Lisboa e, para sobreviver, e após a ruptura da coligação quase incestuosa com zezzinha pito avilez do cds/pp, arma-se em vendilhão do templo e tenta, agora, a todo o custo, negociar os tachos municipais com as gentes do ps. O que será isto senão a pior das máfias, das corrupções d'almas - com uma desvantagem que não existe na Sicília: é que a verdadeira ainda beneficia os seus agentes, aqui até Carmona sai a perder...

No seu lugar, qualquer pessoa com senso comum, já teria pedido licença para ir ao WC e aproveitava para se demitir - invocando, complementarmente, uma outra escusa qualquer. De pulso partido ou mesmo de desmiolação integrada para o exercício do cargo. Afinal, quem é este camona (??!!) - senão um órfão, uma criação prematura de sLopes depois apadrinhado por MMendes - que o lançou no abismo (obriagando-o a trair Lopes) quando trocou a segurança precária da coligação lisboeta por um tacho municipal para um amigo?! É óbvio que com gentinha desta na política à portuguesa não passa do Poço de Bispo. O que me faz pensar que Portugal se pode dedicar é à estiva política... Temos mar para isso!!! E pessoas também... Ao invés do que conjectura o Jumento - creio mesmo que a distância que vai de Lisboa a Nápoles não é maior do que a que separa a rua dos Bacalhaus ao Poço de Bispo..

E quanto ao representante do PS que terá participado na tal reunião - apenas ilustra o que teorizámos acima. Mesmo que nada de conclusivo se afirme políticamente. Em qualquer dos casos, o povo de Lisboa não os mandatou para tal.

Agora vem o insólito - Yorn!!!: fujam com a gramática...Safa!!!

A candidatura de Jorge Coelho à presidência da Câmara de Lisboa é uma hipótese que já começou a ser equacionada entre vários dirigentes socialistas que vêm no nome e no perfil do ex-coordenador da Comissão Permanente uma possibilidade de vitória face a um PSD que a gestão de Carmona tem abalado em várias frentes. "Lisboa ganharia muito com Jorge Coelho como presidente da Câmara", disse ao DN Joaquim Raposo, o presidente da Câmara da Amadora que é líder da Federação da Área Urbana de Lisboa."Lisboa precisa de um presidente do estilo de Jorge Coelho, para imprimir uma nova dinâmica. O dr. Jorge Coelho, quando se mete nas coisas, é para andar para a frente", afirma ainda o presidente dos socialistas da Federação lisboeta.

Obs: será caso para reclamar a reconstituição do MRPP e solicitar ao Arnaldo de Matos, Garcia Pereira e, claro está, Fujão Barroso - que façam uma perninha por Lisboa e conquistem a capital. Se assim fôr votarei no novel-MRPP. Talvez sob o lema:

vamos acabar de escavacar o que resta de Lisboa...

• A conclusão desta trilogia - pode visionar-se abaixo, num vídeo em que um homem está assaltando um estabelecimento comercial, e tanto mais se afunda quanto maior é a sua estúpida persistência. O que me faz lembrar de certos políticos de palmo e meio que, por não saberem parar enquanto é tempo - acabam por passar à história no registo de figurantes ridículos que só trouxeram infortúnio e desgraças à cidade e ao País. E assim nenhum português de bem poderá passar-lhes cheques em branco.. É que hoje na política os cidadãos são assaltados de muitas e variadas formas...

  Será caso para dizer que Lisboa já se encontrava a ferro & fogo com lopes, com camona encontra-se a fogo e ferros... Worst Burglar Ever- Funny