domingo

Outra insustentável leveza do ser e do pensar...Acerca do referendo ao aborto!!!

A Causa Real pediu a colaboração das Reais Associações Portuguesas (que têm uma implantação geográfica) para reunir as 5000 assinaturas necessárias para se formar como mais um Grupo de Cidadãos Eleitores e assim ter direito aos tempos de antena na campanha do referendo sobre o aborto. Mas, ao contrário do que irá fazer a generalidade dos participantes, o movimento monárquico não irá aconselhar o voto no "sim" nem no "não", dedicando-se apenas ao "esclarecimento" sobre o teor das propostas e dos argumentos de cada parte. [...]

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Obs: Tenho a ideia do que um monarca (ou melhor, um candidato ao trono impossível) deve ser alguém intelectualmente interessante, estimulante, que seja um polarizador de ideias, inciativas, eventos, ainda que vivendo sob o regime republicano. Ora, sempre que avisto D. Duarte, e com o respeito por todos os filiados nessa causa perdida, pergunto-me logo porque razão os portugueses não vão para qualquer lado onde cada um de nós possa estar sózinhos.

Agora, D.Duarte e seus correlegionários vêem dizer a quem os ouve que vão intervir na campanha do referendo ao aborto para efeitos de esclarecimento. Acho isto duma humanidade e dum sentido de oportunidade atroz, semelhante à nomeação de sampaio por Kofi Annan - para andar pelo mundo a tratar da tuberculose... Coitados dos pacientes, que continuam a morrer que nem tordos. Talvez, até mais.. Já não sei se o mundo terá de ter compaixão dos desvalidos se daqueles que se propõem minorar os seus problemas..

Mas quanto ao putativo monarca .. - parece que já o estou a ver em campanha de esclarecimento do aborto dizendo algumas daquelas fórmulas que os correlegionários lhes sopram:

- Quando o nosso coração nos engana devíamos poder fazer um transplante;

- Sempre sim! Mas não sempre.

- Depois do amor, o arrependimento. Entre outras fórmulas com estreita ligação ao tema, como se vê...

  • A ideia geral é dizer que, afinal, tudo tem a ver com tudo, até átomos cm borboletas... E ainda há dias um amigo me disse que conhecera um aristocrata que escreveu sempre com o seu próprio sangue. E era oriundo dum país com regime monárquico. Mas não era Espanha... Mas quando transpormos o exemplo para Portugal, em que o candidato ao trono nunca revelou a mais leve ideia sobre o problema, vislumbro uma digestão real, desta feita, nem de propósito, à propos do aborto! Será que o sangue das úlceras será azul.. E as obstipações majestosas... Já não há pachorra!!!
    Organizem um rally, um concurso de ping-pong, uma caça à borboleta com pitbulls ou mesmo uma corrida de formigas com skate, agora esclarecer o referendo ao Aborto - pela vox monárquica - aproveitando a boleia oportunista das 5000 assin. só para dispôr de tempo de antena - de par com os partidos - não me parece sério, nem legítimo!? Afinal, confirma-se a tese de que alguns portugueses andam mesmo a gozar com muitos portugueses.