O Natal dos "cacilheiros" com musicalidade canina
À desilusão do Natal - seguem-se sempre momentos entediantes. Desilusão porque ao não sermos meninos, nem existirem as lareiras nem as chaminés dos outros tempos, algumas pessoas que nos eram queridas também já cá não estão. A magia do momento só (já) a captamos através do olhar das crianças - que também já desconfiam que a treta do Pai Natal remete mais para as leis do mercado da economia capitalista e da globalização desenfreada da prenda mal embrulhada. Tudo, portanto, se rotina - as prendas também não são muito diferentes porque os tugas andam falhos de imaginação. Ainda assim, a tradição repete-se: o frio é o mesmo (cortante), as luzes de natal também, os encontrões, as ânsias e angústias de última hora também, e, para fechar este ciclo ritualizado de pseudo-felicidade post-industrializada - ficámos a saber ali p'lo Jumento que o "Cacilheiro" do psd anda a comprar bolos-rei marados nas merceerias de esquina para MMendes os oferecer nos lar de idosos.
Resta saber se o fazem pensando que assim estão a contribuir para espevitar a taxa de natalidade em Portugal. Com cacilheiros destes no psd nunca se sabe, ou melhor, com eles a pirâmide demográfica até se pode inverter - porque os velhos, afinal, são sempre aqueles que mais votam. Nem que o façam arrastados em carrinhas pagas para o efeito, ao estilo Isaltino em Oeiras, porque os jovens, esses, além de não apreciarem bolo-rei, têm sempre outras prioridades do que embarcar em cacilheiros...
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