sábado

Ingenuidade luso-iraniana p'lo "mestre" dos espiões lusos

in Expresso O comentador e analista Nuno Rogeiro explicou ao EXPRESSO a partir da capital iraniana que se encontra no Irão a convite do ministério dos negócios estrangeiros daquele país para realizar uma “fact finding mission”, durante a qual manteria encontros com responsáveis políticos, representantes da sociedade civil, embaixadores e com especialistas em questões de defesa e segurança. E garante que a sua participação na conferência “Revisão do Holocausto: uma Visão Global”, que terminou ontem em Teerão, acabou por ser quase uma coincidência temporal: “entendi que, estando aqui, não podia deixar de falar sobre o assunto”.

No rescaldo do que considera ter sido “um dos dias mais dramáticos” da sua vida, o analista político conta que foi já no local da reunião que, depois de se aperceberem do conteúdo da sua declaração ("Holograms of Holocausts”), na qual critica violentamente a negação do Holocausto, que os organizadores terão mudado de ideias. Mas não só. Ao notar a presença na sala do norte-americano David Duke, líder do Klu Klux Klan, cuja participação no encontro tinha sido profusamente destacada pela imprensa internacional, Rogeiro afirma que se recusou a entrar enquanto Duke não saísse. Entre as duas coisas, o papel com o seu nome foi retirado e rasgado: “até acabei por o guardar”. (...)

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Obs:

Esta é a 1ª vez que referimos aqui Nuno Rogeiro, meu professor em 1986, já na altura um jovem promissor, cultor da CP, RI e das questões ligadas às informações sensíveis do Estado e aos arcana imperii - a par das teorias da razão de Estado. Sabe de muita coisa ao mesmo tempo, o que fez dele um "lili-rogeiro", uma espécie de especialista em generalidades - como aquelas farmácias brasileiras. Com uma memória prodigiosa e uma cultura abrangente - é problemático equacionar aqui o padrão de comportamento e capacidade de antecipação (habitualmente apurada). Afinal, Nuno vai a Teerão para participar numa conferência sobre o Holocausto e descobre um bando de negacionistas do mesmo na sala da conferência - o qual afirma tratar-se dum malentendido histórico, argumento similar foi, aliás, utilizado pelo energúmeno do embaixador do Irão cá acreditado - este ano aquando do episódio dos cartunes - que chamuscou Freitas do Amaral nas Necessidades...

Facto que fez com que Freitas mandasse chamar o referido embaixador às necessidades para lhe puxar as orelhas, tal foi o oportunismo do embaixador. Será caso para perguntar se Nuno ainda acredita no Pai Natal ou se está a candidatar-se ao prémio Nobel de ingenuidade... Seja como for, parece que a viagem foi paga. Agora só terá de comprar uns speeds para o susto. E era Nuno um homem da Guerra Fria, o analista de serviço dos "amaricanos" em Lisboa... Este Nuno, anda mesmo a treinar para o tal Prémio Nobel da ingenuidade. Só pode

Até dá vontade de oferecer a Nuno um livro de John Le Carré... Com o B-A-BÁ da espionagem e da contra-ingenuidade...