quarta-feira

Natal Ralph Lauren

Nada melhor para descrever o Natal - hoje - do que meter a trilogia do individualismo, do dinheiro e do mercado a funcionar entrelaçados de forma inexorável. Pior do que o rock e a amiga, porque naquele caso são três. So far, so good... A novidade vem depois, quando descobrimos a realidade emergente: é que à medida que as Catedrais do consumo abarrotavam as igrejas estavam vazias. Assim não há reza que se aguente, oração que se sopre, padre que se fixe ao altar ou santo que não descola da parede. É uma desolação pegada. E o mais grave é que este fenómeno não decorre só em Lisboa, é um virús que contaminou e alastrou à Europa inteira e, pelos vistos, também tolheu fujão barroso, conhecida que é a paralisia no centro nevrálgico da Europa. Esta, apesar de estar 24h. aberta, com uma bomba de gasolina, não dá duas para a caixa, estou mesmo convencido que se o colégio de Comissários meter o sr. zé das Fritas a andar e accionar o piloto automático, a Europa conheceria melhor destino. Aparte esta digressão pela Europa, resta saber como é a coisa com as sinagogas... Será que também estão vazias!? Se a resposta for afirmativa, daqui nem sempre decorre que os terroristas foram todos para o Colombo comprar bombinhas... A sensação com que se fica é que estamos perdidos e queremos que se faça luz num mar de carvão.