Globalização Predatória na Azambuja

Fábrica da Opel na Azambuja encerra hoje as portasA fábrica da Opel na Azambuja fecha hoje portas, 43 anos depois de ter iniciado actividade no nosso país.

O complexo, que tinha a seu cargo a produção do Opel Combo, contava actualmente com 1100 trabalhadores, que a partir desta quinta-feira ficam no desemprego.

Após negociações com os trabalhadores, a Opel acordou, como indemnização, o pagamento de dois meses de trabalho por cada ano, mais 1700 euros de prémio. A última jornada de trabalho na fábrica arrancou esta madrugada de quinta-feira, às 06:00 horas.

Segundo informações entretanto difundidades, uma empresa alemã produtora de jantes está interessada na compra das instalações da fábrica, o que, a acontecer, poderá significar a criação de 450 novos postos de emprego.

Notas:

A fábrica sai de Portugal e vai para Saragoça, Espanha. Não se sabe porquê, pois parece que a qualidade de produção não é diferente e os factores de remuneração vão até ser mais onerosos com esta deslocalização para Espanha. Fica quase tudo por explicar, ante a globalização predatória que vai fazendo a sua carreira entre nós.

Talvez não fosse má ideia a União Europeia, que há dois anos não faz nada de estrtuturante, resolva pensar em codificar legislação anti-globalização predatória no sentido de penalizar essas multinacionais do risco e dando a conhecer que os produtos e/ou serviços por elas produzidos não são absorvidos pelo mercado. Em tempos a Nike ressentiu-se destas estratégias...O problema é que a Europa não tem lá um líder, mas um abcesso, esperemos que passe.