segunda-feira

Os novos monstros

Nota prévia do Macroscópio: raramente aqui nos referimos a notícias deste teor, por vocação de análise, mas há limites a este tipo de indiferença. Desta feita, pergunto-me que tipo de educação e de socialização este energúmeno, de nome letter, teve para desenvolver tamanha "compaixão"... O delinquente, segundo Lombroso, não é apenas alguém que infringiu as normas, ele revela já um traço psicológico marcado por uma insensibilidade que atrofia os seus sentimentos de piedade e de compaixão. Tipos assim são marcados pela ausência de remorso, pela impulsividade, egoísmo, crueldade, soberba, indolência, vaidade e até superstição. Ou seja, é um tipo de homem regressivo - e este letter, ao que se lê, prefigura um criminoso de tipo regressivo que recuou a fases anteriores à do macaco. Não sendo nós defensores da pena de morte, e a comprovarem-se os alegados crimes, a pena de prisão perpétua para este tipo não deixa de parecer um bálsamo...
Vamos à notícia... (in CM):
"Um enfermeiro alemão foi esta segunda-feira condenado pelo tribunal de Kempten, no sul da Alemanha, a prisão perpétua por ter morto 28 doentes, ao ministrar-lhes injecções de medicamentos. A Stephan Letter, de 28 anos, foi atribuída “responsabilidade particularmente grave” nos crimes, que são considerados como o maior assassínio em série na Alemanha do pós-guerra.
O enfermeiro foi condenado pelo assassínio em 12 casos, homicídio em 15 e morte assistida em um caso.
Os pacientes foram mortos num hospital de Sonthofen em Fevereiro de 2003, pouco depois de o enfermeiro ter iniciado a sua actividade profissional. Grande parte das suas vítimas tinha mais de 75 anos, pelo que o enfermeiro justifica ter agido por “compaixão” pelos doentes a quem poderia “aliviar” os sofrimentos. A acusação alega, no entanto, que nem todos os doentes mortos por Letter estavam em estado terminal, já que a idade das vítimas situava-se entre os 40 e os 94 anos."