quinta-feira

O acordo sobre a barragem de Cahora Bassa em Moçambique

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"Fim dum impasse de 30 anos"
Portugal e Moçambique chegam a acordo sobre hidroeléctrica de Cahora Bassa. Portugal e Moçambique vão iniciar uma "nova página" nas relações bilaterais com a assinatura do acordo para a reestruturação e transmissão da hidroeléctrica de Cahora Bassa, resolvendo assim um problema que se arrastava há 30 anos, anunciou hoje o governo português. "É o ponto final num impasse de 30 anos que mostra o sucesso negocial com o Estado de Moçambique", afirmou o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, em conferência de imprensa, depois da reunião do Conselho de Ministros, onde Cahora Bassa foi o tema central. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, que acompanhou o processo juntamente com o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, considerou que o acordo vai permitir o "início a uma nova página nas relações de Portugal com Moçambique, resolvendo assim um problema que se arrastava há 30 anos".
Portugal vai receber 950 milhões de dólares (cerca de 750 milhões de euros) com a venda da sua maioria (82 por cento) na hidroeléctrica que serão considerados como receita de privatização. Teixeira dos Santos justificou o momento da formalização do acordo com o facto de "agora estarem reunidas todas as condições para que a operação não comprometa o objectivo do governo de consolidação orçamental". Portugal passa assim a deter 15 por cento da hidroeléctrica, dos quais cinco por cento poderão vir a ser alienados se o Estado moçambicano assim o entender".

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Notas Macroscópicas:
Só não se perguntou opinião ao SEAF, o sr. Amaral Tomás. Com tanta entrada de capitais na caixa de velocidades financeira de Portugal acabou-se o défice, a crise, a falta de apoio à indústria, à banca, aos serviços, atés a barbaridades discursivas do ministro Pinho e do seu secret.-Estado-adjunto. Agora, com o OGE engordado com este income made in Mozambique, é que Portugal já não tem problemas de tesouraria, e se assim for não deixa de ser curioso ser uma ex-colónia a "super-avitar" a ex-metrópole que hoje parece ter encontrado regionalmente uma forma de produzir e distribuir esse bem indispensável que é a energia eléctrica já com o Estado potuguês fora duma posição accionista maioritária. Já agora aproveitamos para perguntar ao nosso amigo Carlos Tembe que de Moçambique (e presidente da Câmara Municipal da Matola, creio, uma espécie de "Oeiras lá do sítio", i.é, já mui desenvolvida para os padrões locais) que também lê o Macroscópio - o que ganha a população moçambicana em termos de cobertura e de acessos à Internet? Esperemos que ganhe algo, depois de pagar o passivo a haver. Socas deve ter ficado satisfeito com este cheque, ainda que vindo d'África.